Ideologia é uma maneira de pensar que caracteriza um indivíduo ou um grupo de pessoas. Falamos muito em ideologias político-partidárias, apesar de muitos filiados a partidos políticos não terem a menor ideia do que se trata. Para que um país tenha partidos com ideologias diferentes e que apresentem isso nos seus programas, é importante que os partidos sejam de número bem reduzido. Dois ou três, no máximo.
Nos Estados Unidos há dois: o Partido Republicano, que é extremamente conservador e não aceita nenhuma mudança nos seus costumes. O outro, o Democrata, é o contrário. Vê sempre a possibilidade de mudança, se julgar que é para melhor. Assim fica fácil você conhecer suas plataformas de governo e fazer a opção que lhe convém.
Diferentemente, no Brasil temos 32 partidos políticos registrados e mais 6 aguardando registro. É praticamente impossível conhecer todas essas ideologias para fazer a escolha a que partido pertencer e por qual ideologia lutar. Aqui, partido político serve para a pessoa se filiar para agradar amigos ou fazer sua escolha se quiser se candidatar a algum cargo público.
Se não estiver filiado não poderá se candidatar a nada. Assim, as pessoas que pretendem disputar um cargo nas eleições proporcionais (vereadores, deputados, senadores), geralmente, antes de se filiarem, procuram alguém entendido em coeficiente eleitoral para estudarem em qual partido teriam maior chance de serem eleitos. Às vezes dá certo. Tanto que é comum candidatos com poucos votos terem sucesso, enquanto outros carregados de votos não alcançarem o objetivo.
Outros ainda se filiam a partidos que têm excelentes “puxadores de votos”, como Tiririca, Enéas e outras figuras esdrúxulas que são os candidatos ideais daqueles eleitores que não têm a mínima noção do que estão fazendo. Assim, a troca de partidos no Brasil é a coisa mais normal do mundo.
Causou estranheza as críticas desferidas contra o prefeito Pedretti, por ele ter trocado de partido, indo para o partido do governador, a pedido deste. Ora, ninguém quer saber em que partido se encontra o prefeito. Quer saber apenas se ele consegue fazer um governo que facilite a vida de seus eleitores. Ainda mais nos dias de hoje em que cidadãos recebem dinheiro vivo, consultas médicas, medicamentos, financiamento de faculdade, financiamento de casa e mais um milhão de benefícios do Estado e ainda não se sentem satisfeitos!
Prefeito que tem juízo filia-se ao partido do governador, se esse for o desejo do “chefe”. Do contrário, seu governo morre de inanição financeira.
Aqui em Dracena, os filiados partidários se entrelaçam e não formam grupos estanques. Tanto que o PSDB, para onde foi o prefeito, durante a campanha, talvez por falta de candidato próprio, aliou-se ao seu grupo de apoio, frequentou todas as reuniões, deu opiniões e está ocupando cargos no governo. Não há porque repelir o PSDB, principalmente porque esse partido está na base de apoio do governo municipal desde seu início.
Se algum puritano ou desafeto do prefeito não gostou de sua adesão ao partido, por que não reclamou quando foram distribuídos cargos e esses filiados aceitaram de bom grado e já estão lá há quase 3 anos? Por que não gritou quando houve a coligação antes da eleição? Isso é como casamento: Fale na hora certa, ou cale-se para sempre.
Até quarta-feira
– Dracena –
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