No último dia 22, comemoramos o Dia Mundial do Folclore. É nessa época do ano, aqui no Brasil, que as queimadas, os descasos e os descomprometimentos para com as leis e questões ambientais, são assustadores. Quando isso na verdade, só contribui para o aniquilamento, extinção das espécies animais, vegetais no planeta. Inclusive o humano, que se reduz a cada dia. Tudo provocado pelo envenenamento (agrotóxicos), gases poluentes, queimadas, desmatamento, poluições de rios, mares, contaminação do lençol freático, influenciando nas questões climáticas, estações do ano, provocando chuvas irregulares e ácidas, tempestades em terra/mar. O mal uso tecnológicos/científicos, desconhecimento, ignorância, abusos individuais, egoísmo, violência abrangente vem provocando irreparáveis desequilíbrios no ecossistema.

E assim se vai tudo pro fundo do poço. Um caminho sem volta. Daí então lhes digo, brinco e aviso: Em casa de mulher rendeira, lampião não mete a colher. Nem os cigarros ecológicos (não existem), deixam mato seco em pé.
Cuidado com jararaca, curupira a ti alertar. É calor do mês de agosto, os bichos vão ouriçar. Os orixás das florestas, alertam a não se arriscarem. Os ventos secos, sol quente, bichos papões, águas vão procurar pra matarem a sede, hidratarem e refrescarem.
Faltam também alimentos, vamos compartilhar pra que haja violada no céu, urubu a de animar. Enquanto compadre sapo com seu jeitão cururu brinca de eco – equilibrar, língua aqui/acolá, o sol é torrencial, mas fogo não vem botá, vem definir estações, para o trem da vida passar.
Cada um cumpra o seu papel, seu quintal a rastrear… A dengue não tem fronteiras e pode nos aniquilar. Não se deixe ferroar pela santa ignorância e ao se comunicar.
São regras básicas a cumprirem, limpezas, lixos/águas não acumular, seja em qualquer dimensão, lugar. Vasos, folhas, fontes, rios por onde ambos passarem.
Evite os criadouros, tudo isso dá azar. É o mosquito assassino que vamos exterminar, aí toda a nossa gente, a ciranda a cirandar. Recitando a grandiosidade, da cultura popular, adormecendo a floresta com eco dos animais. E nanando as crianças em redes artesanais, repassando as cantigas.
A pureza do campo, a riqueza, a espiritualidade da vida, nascida em berços esplêndidos.
Camas de palhas, painas, tarimbas, dos tempos das lamparinas, dos lampiões a querosene. Dos velhos fogões de lenha, e comidas enriquecidas de temperos naturais,
ausentes dos agrotóxicos que não se voltam jamais.
Pena! Hoje deixadas para trás. Esquecidas fontes da vida, tão valoradas heranças dos velhos pais ancestrais. Porém quem sabe um dia de fato, todo esse arregaço se repõe no descompasso, a consciência d´outrora. Espero que o homem de hoje um dia, rico em ciência e tecnologia, não destrua em milésimos de segundos, sonhos, verdades e magias das futuras gerações.
Dos meninos das bolinhas de gude e pipas e tantos outros, hoje,
homens do amanhã. Construindo enquanto há tempo, humanos alicerçados, objetivados, estratégicos em compartilhar o bem.
E assim, devolvendo o riso/ alegria, a paz. Felizes por existirem, fazerem a diferença e serem úteis um dia. Justos, realizados também.

*professora de Arte, artes cênicas, pedagogia e Rádio.