Os contratempos são as surpresas desagradáveis que aparecem, contrariando todos os planos anteriormente estipulados. Geralmente atrapalham bastante e superá-los é um exercício de aprendizagem. Não há quem não os conheça. Acontecem na vida particular das pessoas, assim como na de países.
O Brasil está passando por um sério contratempo e vai precisar de muito planejamento e imaginação para sair-se bem dessa situação que mudou radicalmente os planos da administração. Uma realidade que se apresentava rósea, de repente começou a apresentar nuances escuras e ameaçadoras.
Quando foi descoberta a camada do pré-sal nas costas brasileiras, foi uma euforia geral. Passamos a contar com uma reserva imensa de petróleo que elevaria o país na lista dos maiores produtores do mundo. O barril batia nos 90 dólares e já se fazia a partilha dos lucros. Qual porcentagem iria para a Educação, qual iria para a Saúde, e assim por diante.
Os governadores dos Estados produtores já exigiam taxas enormes por estarem em seus territórios as imensas jazidas. Os outros reclamavam que também tinham direito, afinal era um bem da Nação e, assim, as benesses deveriam ser repartidas por todos.
No meio desse frenesi todo, por uma das várias magias que os Estados Unidos sabem executar, o preço do barril baixa de 90 para 40 dólares, o que não compensa nem a extração e, ainda, com estimativa de chegar aos 20. Era o bilhete premiado que se perdeu.
Como a desgraça nunca vem sozinha, o governo havia aumentado substancialmente as despesas sociais com os programas Minha Casa, Minha Vida 3, Minha Casa Melhor, triplicou o financiamento para estudantes universitários (Fies), Bolsa Família, acolheu mais pessoas na Previdência Social e mais uma lista enorme de benefícios, o que fez crescer exponencialmente as despesas.
Como se não bastassem todos esses fatos, os nossos compradores também entraram em crise e diminuíram as compras de nossos produtos. A China, hoje nossa maior parceira, está diminuindo drasticamente as compras como medida de contenção de despesas. O mesmo acontece com a Argentina, Venezuela, Índia, Rússia e outros parceiros comerciais que compram produtos brasileiros.
A crise econômica dos países vem em ondas: A primeira foi em 2008/2009 nos Estados Unidos, o tal tsunami que o presidente Lula profetizou que aqui chegaria apenas uma marolinha. Foi o que aconteceu. A segunda onda foi em 2010/2011 na Europa, que levou países como Espanha, Portugal, Grécia e mais outros a uma situação desesperadora, com o nível de desemprego batendo nos 25%.
Agora é a vez dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Assim como os outros países ultrapassaram essas barreiras de dificuldades, o Brasil também saberá superar esse momento. Basta que haja a união e compreensão das pessoas.

Até quarta-feira
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-Dracena-