O egoísmo e a inconsciência são os responsáveis pela extinção da vida no planeta. A espécie humana, considerada a mais inteligente do universo, tenta justificar sua importância, domínio, evolução criativa, tecnológica e cientifica: descobrindo e aprimorando meios, fórmulas químicas “mágicas” para a cura dos males que afetam o meio ambiente, a humanidade.
Dessa feita, tentam se adaptar, agregar conhecimentos em infindas reais e irreais situações/dimensões em “prol” da realidade vigente… E é principalmente em busca da fama e reconhecimento que potencializam o seu ego soberano. Atuando em corridas fechadas, muitas vezes desonestas, ultrapassadas, pensadas entre pequenos grupos, ou seja, de macros empresários e latifundiários (classe dominante), onde se destorcem e corrompem o verdadeiro sentido de evolução. Isto é: cada um foca o seu próprio umbigo.
E em nome dessa corrida química transformadora, estamos todos, sim todos: fauna, flora (a biodiversidade), humanos, comprometidos em nossas essências naturais. Contaminados, doentes, transformados, por causa dos desastres ambientais, irreparáveis, provocados pelos “homens”. Digo: Todos aqueles (as) envolvidos com as práticas criminosas, experimentos perigosos, ações inconscientes, irresponsáveis, sem as mínimas medidas de precauções sobre a auto contaminação e do próximo/longe. Envenenando ar, solo, nascentes, rios, lençol freático, mares, eliminando espécies, causando desequilíbrio ao ecossistema. E irreversíveis impactos ambientais, criando cada vez mais verdadeiros monstros naturais, resistentes à natureza humana. Cito aqui o uso indiscriminado, inconsciente, irresponsáveis de agrotóxicos. As desinformações àqueles que os manuseiam, aplicam, são geralmente pessoas leigas e na maioria das vezes sem nenhuma instrução e proteção, desconhecem todos os meios legais. Por que se o soubessem, jamais se submeteriam a tais situações.
Importante: Todos fabricantes conhecem as fórmulas (princípios ativos, inertes, efeitos e variações) dos seus produtos. Agora prontos para serem consumidos, ganham espaços às propagandas positivas, através dos seus representantes, queira em processo formiguinha, pequenos grupos, multimídias e pontos de vendas que abrem suas portas aos consumidores. Agora, lei da oferta e da procura em busca de produtos eficazes em combate as pragas que assolam as plantações. Reflexões: Então, não importa o que se destrói? E quem vai consumir? O objetivo é atingir as metas, ultrapassarem expectativas, com belos frutos transformados, consumidos devorados… E nos devorados, não interessa os meios, para se atingirem os fins. Cito aqui: As transformações genéticas, doenças causadas, hoje já comprovadas. Pesquisem as leis sobre os defensivos agrícolas, os danos causados ao meio ambiente, à saúde em geral e as novas doenças constatadas. E futuramente?
Parece-me utópico, mas ainda é tempo de desacelerar os processos químicos em toda a sua extensão. Desmotivando os altos investimentos em pesquisas químicas desmedidas, inconscientes, incontroláveis aos conhecimentos humanitários e que está transformando planeta terra em pólvoras. Precisa-se informação a todos sobre os envenenamento das águas, dos aquíferos, através dos escoamentos químicos, tornando-a impróprio para o consumo de qualquer natureza. Sim, cientificar, que hoje respiramos ar rico em gases tóxicos provocados por exposições químicas, radioativas, queimadas e tantos outros malefícios (desgraceiras), expostas a céu aberto.
E você aí, já parou alguns minutos da sua hora de sono (à noite), para pensar sobre os óleos tóxicos, combustíveis, produtos químicos transportados, derramados desordenadamente no mar? Imagine como seria o som das vozes dos minúsculos aos maiores animais marinhos se agonizando, pedindo socorro? Catastróficos!!! Pois é, eles não falam. Seria semelhante ao cairmos no mar sem saber nadar e sermos contaminados. Morremos afogados pelas águas mortas encarniçadas.
A situação é drástica, carece urgentes retomadas e redirecionamentos, precisamos de cidadãos ímpares, conscientes, responsáveis, voltados para o bem da humanidade, preocupados, empenhados com o futuro das novas gerações, injetando todos os seus potenciais desde o empírico ao científico criativamente, desenvolvendo fórmulas mais naturais, que venham de encontro com a origem animal /vegetal, sem danos a saúde de qualquer espécie. Exemplos: mais homeopáticos, orgânicos e menos agrotóxicos, alopatias.
Enveredem novos caminhos. Eduquem as nossas crianças desde a tenra idade, a conviverem com a natureza na prática e menos teoria, pois essa é o resultado dos experimentos, convívio direto com o meio.
Teorizar uma realidade é o mesmo que dizer a uma criança: você não pode pegar nesse remédio e colocá-lo ao alto. Precisa-se esclarecer os porquês em linguagem lúdica. Ao contrário, vai lhe despertar interesse em pegar, experimentar, acidentar, contaminar. Portanto: Insiram na grade curricular aulas sobre os perigos dos agrotóxicos e as leis vigentes, montem projetos. Criem hortas comunitárias, plantios de frutas, árvores de espécies diversas e utilizem matérias orgânicas, levando-os às aulas práticas; incentivem o convívio direto com a natureza animal (a biodiversidade), conheçam as nascentes e estudem os seus ciclos, pesquisem os seres vivos locais, espécies vegetais. Façam as suas aulas se tornarem prazerosas, valorosas. Tenham precauções e elimine o medo de tocar, sentir, apreciar e conviver com a biodiversidade. Deixem os sentidos aguçarem, experimentem sem medo de serem felizes, estudando, convivendo e conhecendo… Provavelmente teremos cidadãos, profissionais, cientista voltados para uma visão holística, espiritual, engajados às questões e defesas ambientais, em convívio sustentável, desprovido da ganância, do eu posso.
Hoje não cabe mais a mentalidade do eu sozinho, mas sim nós, todos somos parceiros. Ao contrário dessas e outras medidas de precauções, estamos caminhando para inversão, um funil escuro sem voltas em extinção suicida, da vida no planeta. O planeta morto. Cientes? As mudanças causam impactos e todos impactos causam mudanças.

*professora de arte, artes cênicas, pedagogia e rádio.