Já diziam os antigos que “não há nada de novo debaixo do sol”. Tudo se repete, e isso em qualquer campo, até mesmo na política. Quando se estuda a história do Brasil, percebe-se como os fatos políticos se repetem sem muitas vezes as pessoas se darem conta.
A título de comparação, no segundo império, Dom Pedro II era adorado pelo povo brasileiro e as pessoas se orgulhavam de ser o Brasil um império estável, progressista que zelava pelo bem estar dos nacionais. Por mais de quarenta anos o povo reverenciou seu monarca por dar estabilidade à economia, segurança ao país e boa fama no exterior.
Porém, a escravidão tão defendida pelos cafeicultores de São Paulo e Rio de Janeiro, todos chamados de paulistas, estava desagradando o resto da população que formava grupos em defesa da abolição. Esse movimento cresceu tanto que alguns Estados acabaram com esse costume nefasto antes mesmo do restante da Nação, caso do Ceará e Amazonas que, quatro anos antes da Lei Áurea já haviam acabado, oficialmente, com o regime escravocrata em seus Estados.
Como o imperador percebeu que não dava mais para manter a escravidão, mesmo contra a vontade dos “paulistas”, deixou o país nas mãos da filha, Isabel, para libertar os escravos, coisa que já era inevitável. Os cafeicultores, sentindo-se prejudicados, se revoltaram contra o império e reforçaram o Partido Republicano para acabar com a monarquia. E o imperador, antes tão amado, agora era chamado de “Pedro Banana”, “Pedro Caju”, “Emperrador” pela imprensa da época. Tudo que ele havia feito parece que já não valia mais nada.
Com o PT está acontecendo coisa semelhante: diminuiu a pobreza, estabilizou a economia e, mesmo quando crises terríveis atacaram países como Estados Unidos, Espanha, Grécia, Portugal, como dizia Lula “aqui não passou de “marolinha”. Aumentou o salário mínimo para o seu maior patamar em 40 anos, com um aumento real de 74%, chegando a 200 dólares; pagou toda a dívida com o FMI e com o Clube de Paris e o Brasil se tornou credor do FMI, algo inédito na história do país, para quem emprestou US$ 10 bilhões;
Acumulou um superávit comercial de US$ 252 bilhões (2003/2010);
Reduziu o déficit público nominal de 4% do PIB para 1,9% do PIB; Ampliou a capacidade de investimento do Estado; Os investimentos do governo federal e das estatais foram de mais de R$100 bilhões; Aumentou as exportações de US$ 60 bilhões/ano para US$ 198 bilhões/ano, acumulando um crescimento de 230% em 6 anos; Aumentou as reservas internacionais líquidas de US$ 16 bilhões (deixadas por FHC) para US$ 285 bilhões; A concentração de renda e as desigualdades sociais diminuíram sensivelmente; Reduziu o percentual da população brasileira que vivia abaixo da linha de pobreza de 28% para 19%, segundo o IPEA; Fez o Brasil se tornar credor externo, com um saldo positivo de US$ 65 bilhões; Criou programas sociais inclusivos, como o Bolsa-Família, ProUni, Brasil Sorridente, Farmácia Popular, Luz Para Todos, entre outros, que beneficiaram aos pobres e miseráveis e contribuíram para melhorar a distribuição de renda; Reduziu a taxa de desemprego de 10,5% para 6,8%. E muito mais.
Hoje, como dificuldades alcançaram o país, tudo que foi feito de bom foi esquecido e o povo, insuflado pelos mesmos “paulistas” espalham o terror e a revolta através de sua mídia. Possivelmente, haverá a troca de governo para agradar e beneficiar as classes mais abastadas. Agora é a vez delas.
Como dizia o jornalista americano Joseph Pulitzer, criador do Prêmio Pulitzer de jornalismo: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.

 

Até quarta-feira
Dracena