O povo só é livre, feliz e vive em harmonia, quando todas as suas necessidades são supridas na medida das necessidades… É o que eu penso! Mas, o brasileiro vive feliz? Creio que não… Uma das coisas que incomoda muita gente é porque bancos querem tanto dinheiro? Se nenhuma agulha ela produz e vive especulando e ganhando rios de dinheiro sugados do povo? Outra coisa é porque as igrejas querem tanto o dízimo e constrói templos e mais templos? Tanto as universais, as mundiais, RR Soares, etc., ficam cada vez mais ricas as custas de seus fiéis, e estes estão na mesma proporção ricas também? Acho que não…

Por outro lado tecnocratas que entram e saem do governo só rezam a mesma cartilha de arrocho fiscal e financeiro extorquindo oficialmente e canalizando o suado dinheiro dos correntistas para os banqueiros que nada produzem, mas vivem do rentíssimo. Hoje vemos economistas debatendo taxa de juros e não conseguem debater sequer política monetária. Assistimos outros tantos economistas falar em equilíbrio das contas públicas e não conhecem quais os mecanismos das políticas fiscais. Não apontam, claramente, o caminho para romper com o rentíssimo corrupto, no qual muitos deles ganham muito dinheiro…
Não se debate nada em termos de política de Estado. Só se debatem pretensas ações de governo. E como temos um completo desgoverno, pois nossa elite desgovernante parece um grupo de bombeiros apagando incêndios novos a cada momento, usando gasolina, o debate sobre o desgoverno e a conjuntura é algo sem sentido. Não temos política industrial. A falta de apoio ao setor industrial está matando as empresas brasileiras que sofrem com uma carga tributária absurda e uma taxa de câmbio que sucateia as plantas industriais e torna proibitiva a importação dos principais insumos tecnológicos.
Não temos uma política de financiamento da produção que traga competitividade à economia brasileira. Ao contrário, o governo suga toda a renda gerada pela economia brasileira, seja através destes impostos imorais, seja através de uma dívida pública que impede a taxa de juros de baixar. Não temos uma política de modernização da nossa infraestrutura, sejam as rodovias, as ferrovias, portos e aeroportos. Tudo é tratado como fonte de arrecadação por parte de governantes corruptos. Promessas nunca faltam. Ações concretas só acontecem se interessar à roubalheira desta republiqueta monárquica.
Temos uma intervenção estatal no setor de telecomunicações que só promove atrasos, a tal ponto que grandes empresas globais sequer cogitam vir para o Brasil. Nossa telefonia móvel é horrível e os preços absurdamente caros. Nossa internet reconhecidamente uma das mais caras do mundo e com uma qualidade de funcionamento pior do que a de muitos países africanos. Enfim, o que assistimos é uma completa catástrofe baseada na intervenção econômica de um Estado perdulário, ineficiente, corrupto e genocida. O Brasil tem mais assassinatos por ano do que muitos países declaradamente em guerra civil. A média de 60 mil mortes violentas por ano é indigna. A ONU já reclama que sofremos aqui de uma “endemia de homicídios”. Se incluirmos aqui os mortos pelo caos na saúde pública, podemos liderar o ranking dos países onde se mata mais no mundo.
E a economia está parindo e ampliando uma crise que tem tudo para ser uma das mais profundas que o Brasil já passou. Estranhamente, a sociedade preferem falar de confetes e serpentinas, saindo aos milhares nas ruas atrás de trios elétricos, das escolas de samba nas passarelas dos sambódromos dos carnavais do país a fora, do que protestar as mazelas e falcatruas produzidas pelos corruptos encastelados nos cargos da federação.
Em 1811, o filósofo francês Joseph-Marie Maistre (1753-1821) escreveu seu nome na história ao lançar a expressão “cada povo tem o governo que merece”… E parece que nunca esteve tão a moda!

*Empresário, tecnólogo e analista de sistemas.