Em Lucas 15.25-32 encontramos a parábola do filho pródigo que fala da atitude egoísta do irmão mais velho em relação ao mais novo. Ao invés de se alegrar com o retorno do irmão que havia deixado a família e se entregado aos deleites do mundo, ele escolhe questionar e criticar a alegria de seu pai. Jesus contou esta parábola para confrontar os escribas e fariseus que o censuravam por acolher pecadores e comer com eles. Do mesmo modo como aquele irmão mais velho, nós podemos cometer três erros muito graves: não praticar o perdão ensinado por Jesus, reclamar contra o Senhor e consentir que a arrogância nos impeça de discernir e enxergar as nossas próprias falhas. O filho mais velho se julgava “certo” aos seus olhos, mas estava completamente errado aos olhos do eterno. 

Primeiro ele acusou o seu irmão (versículo 30). Aos olhos de Deus, o irmão mais velho errou ao julgar o seu irmão. Por causa da escolha do jovem em pegar a parte da herança e partir para outra terra, ele não o considerava mais como parte da família e o julgava como um perdido. O pai, porém, discerniu a situação com sabedoria (versíc. 32). Essa forma de agir reflete a graça do Senhor para com os seus filhos. Agindo como o irmão mais velho, erramos quando não sabemos diferenciar um pecador perdido de um pecador arrependido. (Mateus 18.21-22).
Segundo, ele condenou a atitude do pai (versíc. 28-29). Se não bastasse ter acusado o irmão, o irmão mais velho cometeu um grande pecado ao criticar o próprio pai reclamando de um hipotético tratamento diferente que ele fazia entre os dois filhos. Ele se sentia injustiçado, porém, o pai fez questão de expor a ele que o amava com a mesma intensidade (versíc. 31).
O terceiro erro deste filho foi ter acreditado que estava correto. Ele foi arrogante, não foi humilde o suficiente para reconhecer que estava sendo injusto ao julgar o seu irmão, o seu pai e, principalmente, o próprio Deus. (Provérbios 16.18). Temos a tendência de achar que o erro é sempre do outro. A culpa sempre é de qualquer um, menos nossa! E é aí que erramos! Ao nos colocarmos como vítimas, não reconhecendo nossas falhas, nos distanciamos do Senhor!
Reflita com toda a honestidade. Você tem se recusado a perdoar as pessoas que falham contra você? O pecado da reclamação faz parte da sua vida? Você tem duvidado da lealdade, da fidelidade e da retidão do Senhor? Dependendo das respostas, eu te aconselho a se arrepender, confessar ao Senhor os seus pecados e humildemente pedir perdão. Somente a Deus toda a glória!

 

*Pastor e missionário presbiteriano.