Rev. Mário Teles Maracci*
A Bíblia nos diz que a Igreja de Jesus Cristo é composta de todos aqueles que são filhos de Deus. Para ser filho de Deus é necessário que a pessoa, depois de reconhecer que é pecadora, arrependa-se e também reconheça que Jesus Cristo é o seu único Salvador e Senhor. Toda pessoa que passa por este processo de novo nascimento começa a pertencer à Igreja do Senhor Jesus Cristo, à Família da Fé, à Comunidade dos Salvos. Como deve viver esta comunidade?
A Bíblia nos traz várias orientações a este respeito, mas resolvi pinçar o texto de Atos 4. 32-35. O texto começa dizendo que da multidão dos creram era um o coração e a alma. Significa que eles viviam em unidade, apesar das diferenças entre os indivíduos. Pessoas de famílias diferentes, personalidades diferentes, cosmovisão diferente viviam como se fosse um. Somente o cristianismo possibilita tal realidade!
Ninguém dizia “isto é meu”, mas o slogan vigente era “isto é nosso”! Imagine um mundo assim, onde as pessoas deixassem o egoísmo e o individualismo de lado e tivessem a disposição de repartir, sem apego às coisas, mas valorizando as pessoas. Seria diferente para melhor, concorda? O versículo 34 nos informa que o amor, a união, a solidariedade, o companheirismo eram tão intensos, que chegaram ao ponto de vender terras e casas para socorrer aos que nada possuíam e assim todos terem o suficiente para viver. Tudo era dividido! Isto acontecia porque viviam em unidade, portanto, a dor de um era a dor dos outros, a alegria de um era motivo de júbilo para os demais! Somente na verdadeira comunidade cristã estas coisas são possíveis.
O texto também nos informa que em todos eles havia abundante graça. A graça é um favor imerecido, ou seja, Deus nos dá a salvação não por boas obras que fazemos, mas porque Jesus Cristo pagou o preço pelos nossos pecados na cruz! Para nós é de graça, mas para Jesus custou-lhe a vida na cruz do calvário. Cientes disso, os irmãos da comunidade cristã registrada no livro de Atos tinham a humildade de reconhecer que, se tinham o privilégio de pertencer à Igreja de Cristo não porque eram bonzinhos e perfeitos, mas porque a graça do Senhor os alcançou. A consciência destas maravilhosas realidades os nivelou e ninguém se via maior que o outro, mas sim como pecadores perdoados pelo Senhor.
Para desfrutar de tudo isso você só precisa de duas atitudes: arrepender-se dos pecados e crer em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor de tua vida! O que está esperando? Junte-se a nós!
*Pastor e missionário presbiteriano