O professor de karatê, Cloudoardo Zanon – árbitro da partida da Copa da Amnap realizada Lucélia no último domingo (6) – explicou à reportagem as razões que fizeram com que o jogo entre as equipes de Adamantina e Dracena Esporte Clube (DEC) fosse encerrado aos 40 minutos do primeiro tempo por falta de segurança.
Zanon disse à reportagem na tarde de ontem (7), que a partida estava bem disputada e com muita pressão. Mas, segundo ele, do nada, o lateral esquerdo de Dracena deu uma entrada brusca e pegou o camisa 10 de Adamantina, que partiu para a agressão. Em meio a isso, o técnico de Adamantina, chegou chutando e tumultuando o campo.
De acordo com o árbitro, o jogador número 11 de Dracena deu uma voadora e houve agressões mútuas entre os atletas. Ainda no tumulto, o mesmo jogador de Dracena saiu correndo e o técnico de Adamantina foi atrás, mas o dracenense perseguido pulou o alambrado. Zanon complementou dizendo que o técnico de Adamantina, vendo que o árbitro estava sozinho, começou a dizer que a culpa de tudo era da arbitragem.
Por isto, o árbitro afirma que achou melhor encerra a partida. Segundo ele, o técnico de Adamantina pediu que a partida continuasse. “Mas eu disse a ele: Como posso confiar se foi o senhor quem tumultuou tudo?”, conta. Em seguida, Zanon aguardou a chegada da polícia por mais de 20 minutos, mas isso não aconteceu.
Ele então chamou os capitães das duas equipes, que tiveram o bom senso e concordaram com o encerramento. “A coisa foi muito feia e o treinador de Adamantina, que poderia ser equilibrado, entrou dando soco em todo o mundo e ainda ameaçou a arbitragem. Encerrei a partida, pois se desse a continuidade e tivesse, por exemplo, que expulsar alguém, como iríamos sair de lá? Se acontecesse o pior, todos iriam tirar da reta e o culpado seria o árbitro. A polícia não chegou, além disso, entre o campo e o vestiário do árbitro há cerca de 15 m de distância e teríamos que passar no meio da torcida”, compementa Zanon.
O árbitro salienta a decisão de parar o jogo foi tomada junto aos auxiliares, no campo. “O presidente de Adamantina foi o mais equilibrado e conseguiu acalmar os jogadores. Relatei que o técnico de Adamantina foi quem começou tudo e os jogadores envolvidos. Não aumentei e nem diminui, relatei tudo e foi tudo muito feio”, afirmou o árbitro.
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