O quarto pênalti consecu­tivo desperdiçado por Rogério Ceni nesta temporada impediu o São Paulo de finalmente se distanciar da zona de rebaixa­mento do Campeonato Brasi­leiro. De todas as batidas per­didas pelo goleiro em 2013, três foram em jogos válidos pelo torneio nacional e em nenhuma das partidas o time tricolor con­seguiu sair de campo vitorioso.

Se o capitão tivesse conver­tido as três chances que perdeu na Série A, o São Paulo pode­ria ter somado quatro pontos a mais na competição, o que o colocaria no 10º lugar neste momento. Somando-se isso aos dois pontos que o São Paulo perdeu em pênalti desperdiça­do pelo meia Jadson, contra o Flamengo, o time poderia es­tar com 40 pontos no torneio. A pontuação o colocaria junto com o Vitória na sexta posição da competição, sendo o melhor time paulista do torneio.

O primeiro erro do golei­ro-artilheiro neste Brasileiro foi na derrota por 2 a 1 para a Portuguesa, quando Lauro fez a defesa e impediu que o time tricolor levasse um ponto do Canindé, em agosto. No mês seguinte, Rogério Ceni voltou a desperdiçar uma batida, desta vez quando Galatto espalmou o chute no Morumbi e garan­tiu a surpreendente vitória do Criciúma por 2 a 1, em um con­fronto direto na parte de baixo da tabela. Mais uma vez, o time da capital deixou de somar um ponto no campeonato.

O último erro aconteceu aos 44min do segundo tempo do clássico contra o Corin­thians, na tarde de domingo. Ceni tentou acertar o canto di­reito de Cássio, que saltou para fazer a defesa e contar ainda com um toque na trave, con­firmando o 0 a 0 no placar. O gol no fim do confronto poderia ter garantido o primeiro triun­fo do São Paulo sobre um rival na temporada. Além disso, em vez de um ponto, o time da casa teria somado três.

CÁSSIO DEFENDE – O goleiro Cássio saiu em defesa de Rogério Ceni nesta segunda-feira, um dia depois de defen­der um pênalti do são-paulino aos 43min do segundo tempo do clássico de domingo no Mo­rumbi. Herói do empate por 0 a 0 no jogo válido pela 28ª roda­da do Campeonato Brasileiro, o arqueiro ainda argumentou que o camisa 1 tricolor é bas­tante estudado pelos adversá­rios, o que pode ter diminuído o aproveitamento do veterano.

“O Rogério errou, mas se você for buscar o histórico dele… quantos pênaltis deci­sivos ele bateu e fez?”, per­guntou Cássio, nesta segunda. “Ele errou alguns antes do meu, mas isso acontece. Não é sempre que tu vai acertar”, acrescentou.