O verão é marcado por ser um período de chuvas intensas em muitas cidades do Brasil. No entanto, junto dos temporais, a estação traz o recorrente problema do aumento no número de quedas de árvores em áreas urbanas, o que pode ocasionar acidentes, provocar a falta de energia e causar transtornos no trânsito.
Para se ter uma proporção da quantidade de árvores caídas, ao longo de 2017 a cidade de Curitiba (PR) registrou cerca de 900 quedas. Em São Paulo, o número é ainda maior: apenas em janeiro do último ano, foram 833 – uma média de 26,9 por dia.
Parte desse transtorno pode ser evitada de maneira simples: com investimentos na manutenção preventiva das árvores urbanas. Afinal, na grande maioria das vezes, isso ocorre porque elas não recebem os cuidados necessários, não são podadas constantemente ou estão em locais indevidos. Porém, é importante destacar que esse é um trabalho que deve ser feito ao longo de todo o ano. Somente assim, será possível realizar o tratamento adequado e minimizar drasticamente o número de árvores condenadas.
Outro ponto que deve ser destacado é que todo corte ou poda em locais públicos e particulares depende de uma autorização da prefeitura municipal ou de um órgão estadual competente. Além disso, o trabalho só pode ser feito por profissionais capacitados, como engenheiros florestais, agrônomos, biólogos e técnicos. Apenas um especialista poderá definir o momento ideal para as podas de limpeza, corte de galhos mortos e até mesmo avaliar qual é a adubação correta ou o tratamento fitossanitário ideal para evitar a infestação de insetos.
Faz parte também do trabalho desse especialista ajudar a identificar o tipo de corte para cada estrutura de árvore, evitando que um serviço inadequado interfira no equilíbrio dela e, consequentemente, a torne mais suscetível a quedas. Em casos mais extremos, caso exista um risco de tombamento, esse profissional pode solicitar a remoção imediata da árvore.
Vale lembrar ainda que, para cada etapa do processo de manutenção, existem ferramentas específicas, como podadores de galhos, motosserras e sopradores, que são capazes de realizar o trabalho de forma correta e segura. Nesse sentido, o avanço tecnológico proporcionou melhorias expressivas ao segmento, com equipamentos mais potentes, versáteis, leves, ergonômicos e fáceis de manusear. Sem contar que, eles também são capazes de reduzir o consumo de combustível e de emitir menos poluentes, o que minimiza impactos ao meio ambiente.
Diante da questão, podemos notar que se trata de um tema que merece um cuidado especial, pois, se por um lado, é importante ter cada vez mais áreas verdes compondo a paisagem, por outro, é fundamental monitorar para que elas estejam fortes e saudáveis. Afinal, a ideia de ter uma fonte de sombra e ar puro na porta de casa não pode se transformar em um problema. É necessário cuidar da maneira adequada para que as árvores garantam mais qualidade de vida nos grandes centros urbanos.
* Gerente de produtos de empresa líder global no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes