Por mais um ano, o torcedor do São Paulo vai chamar seu goleiro de “melhor do Brasil”, afirmar que seu capitão é o “Mito” e vibrar com qualquer falta perto da área. Rogério Ceni, 40, decidiu voltar atrás em seu projeto inicial de se aposentar no fim desta temporada e irá continuar no time do Morumbi em 2014.
A decisão foi comunicada ao presidente Juvenal Juvêncio e encerrou meses de dúvidas sobre qual seria o futuro do veterano goleiro.
Ceni passou a repensar a data de aposentadoria depois da chegada do técnico Muricy Ramalho, em setembro, e da reação do time que o afastou do risco do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Entre a diretoria, é consenso que a sequência de bons resultados mudou o humor do ídolo são-paulino e o motivou a jogar por mais um ano, talvez em busca de um último título na carreira – mais um Paulista, outro Brasileiro ou Sul-Americana ou a inédita Copa do Brasil.
Com contrato renovado, Ceni não precisará se despedir do futebol oficialmente no confronto de hoje com o Coritiba, em Itu, pela última rodada do Brasileiro. Um jogo que não vale nada para sua equipe, mas que pode levar os paranaenses à Série B.
E terá um ano todo para que o clube organize sua festa de adeus. Mesmo antes de começar a pensar em desistir da aposentadoria, o goleiro já havia pedido que o planejamento da sua despedida fosse congelado devido à situação ruim vivida pelo time.
Até mesmo a comemoração pela quebra do recorde de jogador do futebol brasileiro com mais partidas por um clube, há duas semanas, foi discreta. E sua 1.117ª partida pelo São Paulo fez com que ele superasse a marca de ninguém menos que Pelé.