Depois da experiência nada convencional de atuar em um Pacaembu vazio na vitória por 2 a 0 sobre o Millonarios, o Corinthians voltará a jogar em casa pela Copa Libertadores novamente com a torcida alvinegra lotando as arquibancadas. E para o técnico Tite, o retorno da torcida após redução de pena da Conmebol não podera ter vindo em momento mais oportuno: em uma “decisão” contra o líder Tijuana, que venceu o time brasileiro no México, por 1 a 0.
“É carinho, energia, apoio. É o motivo maior do clube. Ela (torcida) nos auxilia, mas nós temos que fazer nosso papel dentro do campo. Esse é tão ou mais importante que o apoio do torcedor”, avaliou o treinador na segunda-feira (11), após atividade no CT Joaquim Grava.
A torcida corintiana foi liberada pela Conmebol após julgamento de recurso na última semana. A entidade sul-americana havia proibido os alvinegros de frequentarem as partidas do clube na Libertadores após o incidente que resultou na morte do garoto Kevin Espada, 14 anos, atingido no rosto por um sinalizador disparado por um corintiano no jogo contra o San José, na Bolívia.
Para Tite, a atmosfera do Pacaembu será uma arma a mais para surpreender os mexicanos do Tijuana, que até o momento somam três vitórias em três jogos na Libertadores. “Esse jogo tem caráter decisivo, não dá para fugir. Dentro de casa, vamos ter o apoio do torcedor, mas tem que fazer dentro de campo. Torcedor não dá bom passe, não marca bem, não faz gol”, disse o técnico, que vê o time psicologicamente pronto para diminuir os cinco pontos de diferença que separam Corinthians e Tijuana na chave.
“Nós temos um caminho, e esse caminho nos levou ao título da Libertadores de forma invicta (em 2012). É jogar bem, jogar futebol, ser competitivo, ter qualidade técnica, mentalmente ser muito forte. E absorver o resultado negativo”, avisou.