Paulistas ainda não imunizados contra a febre amarela devem se vacinar antes de viajar para o Litoral Norte e para a Baixada Santista. O alerta da Secretaria de Estado da Saúde visa garantir que os visitantes da região estejam protegidos.
A vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência para garantir proteção efetiva. Portanto, aqueles que pretendem passar os feriados de novembro – Proclamação da República (15) e Dia da Consciência Negra (20) – nessas regiões, assim como em áreas rurais ou de mata, devem avaliar e/ou atualizar sua situação vacinal no início desta semana.
A orientação também vale para os moradores desses locais. Os municípios vêm intensificando as ações de imunização no decorrer do ano, para aumentar a cobertura vacinal.
Nesta segunda-feira, 5 de novembro, o Instituto Adolfo Lutz confirmou um óbito por febre amarela na região do Vale do Paraíba. A vítima é um homem de 26 anos, morador de Cunha, que havia se recusado a tomar a vacina e se infectou numa área rural onde trabalhava, em Caraguatatuba.
“A imunização é a principal forma de prevenção contra a doença. O período atual é pré-sazonal, e a sazonalidade da doença vai de dezembro a maio. Por isso, é importante que as pessoas ainda não vacinadas procurem os serviços de saúde”, afirma a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Regiane de Paula.
Todo o território paulista já tem recomendação da vacina, devido a circulação do vírus. No Litoral Norte, a cobertura vacinal é superior a 85% e de 55% na Baixada. Ainda assim, moradores de outras localidades do Estado precisam estar vacinados antes de se deslocarem para essas áreas. As doses são disponibilizadas nos postos de vacinação em todo o território paulista.
Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído e transplantados. Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.
Em 2018, mais de 8 milhões de pessoas já foram vacinadas contra febre amarela. O número ultrapassa a marca da vacinação no decorrer de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas, e é também superior à vacinação na década anterior – 7 milhões de pessoas foram imunizadas entre 2006 e 2016.
Balanços
Em 2018, até 23 de outubro, houve 502 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 178 deles evoluíram para óbitos. Do total, 30,2% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 9,5% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 39,7% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.
Entre o total de casos, 14 ocorreram no Litoral Norte, dos quais 5 evoluíram para óbito – São Sebastião (3 casos e 2 óbitos) e Ubatuba (11 casos e 3 óbitos). Na Baixada, foram 4 casos e 3 óbitos – Guarujá (1 caso e 1 óbito), Itanhaém (1 caso e 1 óbito) e Peruíbe (3 casos e 1 óbito).
Com relação às epizootias, neste ano, 257 macacos tiveram confirmação da doença. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com cerca de metade dos casos. Desse total, 2 casos envolvendo macacos ocorreram na Baixada Santista, e 33 casos ocorreram na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. (Com informações assessoria de imprensa Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo)