A primeira partida das semifinais da Liga dos Campeões, ontem, 22, acabou tendo como protagonista José Mourinho. Atlético de Madri e Chelsea não saíram do 0 a 0 na Espanha, e muito em razão da retranca implementada pelo técnico português. Assim, mesmo com a pressão do Atlético, o Chelsea irá para a Inglaterra precisando de uma vitória simples para chegar à decisão.
Mourinho jogou como o Chelsea fez em 2012, na semifinal contra o Barcelona, também na Espanha – quando Roberto Di Matteo levou os ingleses à decisão. Com apenas um atacante (Torres), escalou cinco defensores (David Luiz de volante) e três meias defensivos (Lampard, Mikel e Ramires) como os responsáveis pela ligação com o ataque. Assim, impediu que o Atlético entrasse na área e produzisse lances de perigo, apesar da posse de bola dominante: 62%.
Diego, titular, foi quem mais produziu contra a retranca inglesa. O brasileiro deu seis chutes ao gol até ser substituído aos 15 minutos do 2° tempo, mas todos sem perigo para Petr Cech e, depois, para Mark Schwarzer, goleiro de 41 anos que substituiu o tcheco após este se lesionar ao defender tentativa de gol olímpico de Koke.
Foi o primeiro jogo na atual Liga dos Campeões em que o Atlético ficou sem marcar gols. Assim, o Chelsea parou o melhor ataque da história do Atlético de Madri. Com 109 gols, o time já bateu o recorde anterior: 107 gols na temporada 1996/1997.
A partida de volta ocorre na próxima quarta-feira, 30, no estádio Stanford Bridge, em Londres. Novo empate por 0 a 0 leva o jogo para a prorrogação. Empates a partir de 1 a 1 classificam os espanhóis para a final, que seria a primeira do Atlético desde 1974. Para o Chelsea, basta uma vitória simples.