Como sempre fez com o Barcelona, Pep Guardiola mandou o Bayern de Munique ter a posse de bola e tocar até achar espaço na zaga do Real Madrid para tentar a vitória, fora de casa, nesta quarta-feira, 23. Mas, na base dos contra-ataques, o Real “anulou” esse estilo de jogo e saiu na frente nas semifinais da Liga dos Campeões: 1 a 0 no estádio Santiago Bernabéu.
O Bayern chegou, no 1° tempo, a ter 74% de posse de bola. De nada serviu. Carlo Ancelotti, técnico do Real, armou seu time quase como José Mourinho fez no empate entre Chelsea e Atlético de Madri, terça-feira, 22: na defesa. Mas com um diferencial. O Real abusou dos contra-ataques e foi assim que matou o jogo, levando a vantagem para a volta, em Munique, na próxima semana.
E isso mesmo sem Bale em todo o jogo, autor de gol típico de contra-ataque perfeito na final da Copa do Rei, na última semana, com sua velocidade – o galês, gripado, só entrou no 2° tempo. Mas Cristiano Ronaldo estava lá para chamar a responsabilidade: foi ele que encaixou o lance perfeito. O português achou passe nas costas do brasileiro Rafinha, colocou Coentrão na área pela esquerda e o compatriota de CR7 só rolou para Benzema marcar o gol do triunfo, aos 19 min. do 1° tempo.
Na Alemanha, na próxima terça-feira, 29, o Real Madrid pode perder por um gol de diferença, a partir de 2 a 1, que estará na final e continuará a busca pelo seu 10° título da Liga. Já o Bayern necessitará da vitória por dois gols de diferença – empate dá Real, 1 a 0 para o Bayern leva o jogo para a prorrogação.