A zebra ameaçou sair do deserto e passear pelo Mineirão. A favorita Bélgica, sensação nas eliminatórias, com nomes pomposos e uma geração considerada a melhor da história de seu país, mostrou que a experiência de estrear quase um time inteiro em Copa do Mundo, ainda mais com a banca de grande aposta de muita gente e a euforia belga, não é um peso simples de suportar. Durante boa parte da partida, eles correram atrás dos guerreiros do deserto, que saíram na frente, marcaram duro, mas sofreram a virada no fim. No jogo inaugural do grupo H da Copa, a minoria belga festejou por último e conseguiu – com muito custo – calar os argelinos. Os gols de Fellaini e Mertens, dois reservas, mantiveram a esperança belga de pé. Feghouli, de pênalti, fez o gol dos argelinos, mas também perdeu a bola que gerou o gol da virada.
Com um elenco recheado de destaques em grandes times da Europa, como o paredão do Atlético de Madri, Courtois, o zagueiro Kompany, do Manchester City, e o meia-atacante Hazard, do Chelsea, a Argélia enfrentava um pulmão verde na arquibancada. Mas também havia valores na equipe do técnico bósnio Vahid Halilhodzic. O camisa 10 Feghouli e o meia-esquerda Mahrez deram trabalho para a defesa e o meio de campo belga. Os comandados de Marc Wilmots têm pela frente a Rússia no dia 22, às 13h no Maracanã e fecha a primeira fase contra a Coréia do Sul no dia 26, às 17h, no Itaquerão.