Herói da Alemanha na conquista do tetra mundial no Rio de Janeiro neste domingo, o habilidoso Mario Götze surgiu para o mundo do futebol em 2011, driblando brasileiros na vitória sobre a seleção em um jogo amistoso. Antes de fazer o gol da carreira no Maracanã, o jovem de 22 anos ainda fez o Bayern de Munique preterir Neymar.

“Gotzinho”, como era conhecido nas categorias de base em referência ao estilo brasileiro, apareceu em cenário internacional com destaque pela primeira vez justamente no amistoso com a seleção. O jogo em Stuttgart, em agosto de 2011, foi um dos mais relevantes no começo de trabalho de Mano Menezes à frente da equipe.
O promissor meia se fez nas categorias de base do Borussia Dortmund. Lá chegou a conviver com o brasileiro Tinga, que chamava o menino de “pequeno Diego”, em referência ao antigo jogador do Santos de 2002.
Anos mais tarde, o frio, a língua e a cultura fizeram o Bayern decidir pela investida em Götze, ao invés do esforço de brigar com o Barcelona por Neymar. Em janeiro de 2013, uma conversa entre Karl-Heinz Rummenigge, executivo do clube, e Pep Guardiola, técnico contratado, definiu a preferência ao então meia do Borussia Dortmund.
O Bayern então desembolsou 37 milhões de euros para pagar a multa rescisória de Götze no Dortmund, bem menos do que o Barcelona oficialmente pagou por Neymar. Escolhido para o futuro do Bayern, Götze decidiu a Copa do Mundo no domingo, 13, aos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação, ao completar um cruzamento de Schurrle de pé esquerdo, sem deixar a bola cair.
O jovem meia do Bayern entrou na final aos 42 minutos do segundo tempo, substituindo Miroslav Klose, o maior artilheiro das Copas. Götze participou de seis partidas na campanha e terminou o Mundial com dois gols marcados.