Nos 90 minutos do tempo normal, Rogério Ceni fez o que pode para manter o São Paulo na briga por uma vaga na final da Copa Sul-Americana. Mas, assim que Ruiz, com extrema categoria, colocou a bola no canto esquerdo do camisa 1 tricolor e decretou a vitória do Atlético Nacional nos pênaltis, o defensor ficou perdido em campo. Até encontrar os repórteres na saída do campo, foram minutos em que suas reações chamaram a atenção.
Primeiro, foi até o meio-campo buscar Michel Bastos, que estava sozinho no lado esquerdo lamentando o tropeço são-paulino. Na sequência, foi cumprimentado por quatro jogadores do Atlético Nacional. Um deles, inclusive, ficou com sua camisa. Logo depois, deu um aperto de mão no auxiliar técnico Milton Cruz, no seu reserva Denis e no técnico Muricy Ramalho. Quando caminhava para sair do gramado, entregou as luvas para o massagista Almir e, estranhamente, andou em círculos, como se não se soubesse o que fazer.
No rápido contato que teve com os jornalistas, não deu nenhuma pista do seu futuro. Rogério limitou-se a falar do embate diante dos colombianos.
“É do jogo, a gente lamenta pelo placar. Criamos no segundo tempo, lamentamos por não ter vencido. A bola não entrou, deu na trave, tivemos boas oportunidades de gol. A gente podia ter saído classificado no tempo normal. Esse é um grupo que merecia um título, que reergueu o São Paulo. Só tenho a agradecer ao meu time, um orgulho fazer parte de uma equipe bacana como essa”, afirmou.
Se mantiver o plano de pendurar as chuteiras ao término da temporada, Ceni terá mais duas partidas como profissional, sendo que o confronto de domingo, contra o Figueirense, será o último jogo no estádio do Morumbi, que foi sua casa ao longo de 24 anos. A despedida aconteceria no dia 7 de dezembro, contra o Sport, na Arena Pernambuco, em Recife.