É bastante comum o uso de colírios para aliviar desconfortos oculares, como ressecamento ou irritação, por exemplo. Entretanto, colírios não são iguais. A utilização do medicamento sem uma consulta médica pode não ser capaz de trazer alívio para o incômodo e nem mesmo curar adequadamente enfermidades nos olhos, que podem ser diversas, tais como conjuntivites, alergias, inflamações, entre outros.
O Grupo H.Olhos, um dos maiores centros oftalmológicos do Brasil, alerta sobre a importância de procurar um especialista para obter um diagnóstico preciso e indicação de tratamento adequado para cada caso. De acordo com o Dr. Antonio Sérgio Leone, oftalmologista do hospital, a automedicação oferece diversos riscos para a saúde dos olhos, além de poder apenas mascarar o problema, e não curá-lo totalmente.
“É importante lembrar que o colírio é um medicamento e que cada tipo é destinado para uma doença diferente. Além de retardar o tratamento e prolongar o processo infeccioso, o uso incorreto, sem prescrição médica, pode causar consequências sérias e comprometer a visão. Algumas irritações são causadas por poluição, produtos químicos e tempo seco, e são facilmente tratáveis. Porém, alguns sintomas comuns podem ser subestimados, escondendo doenças graves, como infecções e até mesmo o glaucoma, caracterizado pelo aumento da pressão intraocular e que pode levar à cegueira irreversível. Por isso, nunca descarte a ida a um oftalmologista”, ressalta o Dr. Leone.
Após a consulta, saiba como pingar
Para aplicar o líquido nos olhos, é necessário ter alguns cuidados. Antes de iniciar o processo, é preciso lavar bem as mãos e evitar contato dos dedos com a ponta por onde saem as gotas, evitando uma contaminação. Na hora da aplicação, é necessário puxar as pálpebras inferiores e garantir que o medicamento seja pingado no espaço logo abaixo dos olhos, chamado de saco conjuntival.
Outra dica importante é manter os olhos fechados durante um minuto completo, garantindo que o líquido penetre em toda a área dos olhos. “Muitas pessoas piscam continuamente, o que não é indicado. O ideal é deixar os olhos calmamente fechados”, explica o especialista.