A influência do Papa Francisco não adiantou, nem a catimba antes e durante o jogo. Em campo, o Real Madrid fez valer a enorme superioridade técnica e venceu um valente San Lorenzo por 2 a 0, no Grand Stade de Marrakesh, para conquistar o Mundial de Clubes no sábado, 20. Sergio Ramos e Bale fizeram os gols do triunfo.
Este foi o primeiro título dos merengues na atual versão do torneio, coroando um ano que já havia sido classificado pelos jogadores e pelo técnico Carlo Ancelotti como fantástico – foram outras três taças em 2014: Copa do Rei, Supercopa da Europa e Liga dos Campeões. Em termos de Mundial, o Real já havia faturado três vezes no modelo antigo, que incluía apenas europeus e sul-americanos: em 1960, 1998 e 2002. Agora é o que tem mais conquistas, ao lado do Milan.
O triunfo merengue veio com forte apoio da torcida local, que compareceu em peso para ver seus ídolos de perto – os marroquinos prepararam até um bandeirão para Cristiano Ronaldo. Os argentinos também marcaram presença: no mínimo, 12 mil deles ocuparam as arquibancadas e cantaram o jogo inteiro, mesmo quando o San Lorenzo ficou atrás do placar. Ao todo, 38.345 assistiram à partida no estádio.
Na premiação, Sergio Ramos recebeu a Bola de Ouro de craque do torneio, superando Cristiano Ronaldo, ganhador do troféu de prata. Surpreendentemente como sua equipe, o meia neo-zelandês de origem croata Vicelich, do Auckland City, ficou com a de bronze como o terceiro melhor do Mundial. O volante alemão Kroos se tornou o nono jogador a ganhar títulos mundiais por seleção e time no mesmo ano, repetindo os feitos dos brasileiros Gilmar, Zito, Mauro, Roberto Carlos e Ronaldo, e dos argentinos Pumpido, Ruggeri e Hector Enrique.