Rodrigo Minotauro é expert quando o assunto é superação. O peso-pesado sobreviveu a um atropelamento por caminhão ainda na infância e, como lutador profissional, passou por diversas lesões, muitas delas bem sérias, como as delicadas cirurgias no quadril e a fratura que sofreu no braço direito. Amigo próximo de Anderson Silva, ele acompanhou o processo de recuperação do Spider de perto após este fraturar a perna esquerda, 13 meses atrás. O fim desse capítulo foi a vitória sobre Nick Diaz no UFC 183, o que emocionou Minotauro.
“Para mim, foi a maior prova de superação que vi no esporte recentemente. Ganhou? Ganhou. Tem que pegar ritmo? Vai pegar ritmo. A gente espera que na segunda luta, lá para o meio do ano, ele já se apresente melhor, com mais confiança. Mas foi emocionante”, disse ele, que mostrou acreditar que o Spider deve optar por voltar ao octógono e descartar a aposentadoria, contrariando desejo da família e principalmente do filho Kalyl.
Incentivador da carreira de Anderson há muitos anos, Minotauro o blindou de possíveis críticas por conta de sua performance menos empolgante do que o habitual.
“Antes de a gente ter uma cobrança, tem que ver o que aconteceu com ele um ano atrás, a fratura na perna. Essa é só a primeira luta desde aquilo. Ele entrou emocionado. E o Nick Diaz não é morto. É que a gente espera muito do Anderson Silva, assim como acontecia com o Mike Tyson. Espera que ele vá nocautear logo. O Diaz provocou mais do que se esperava, caiu no chão até, mas o Anderson não entrou nesse jogo. Ele apanhou pouco, conseguiu usar o boxe e se movimentar bem. Deu alguns chutes. O Nick é um cara muito duro, e o Anderson está só voltando. Antes da cobrança, tem que motivá-lo. O brasileiro é um pouco técnico, a gente sabe (risos).
Questionado se achava que Diaz havia perdido a linha nas provocações, Minotauro disse ter enxergado a situação como normal, em se tratando do polêmico lutador americano.