Efetivado como técnico do Santos, Marcelo Fernandes vai receber parte de sua remuneração por produtividade. Os critérios ainda não estão definidos, mas a tendência é que ele ganhe aproximadamente o triplo do seu salário como auxiliar, além de bônus por vitórias da equipe.
Enquanto era assistente, Fernandes fazia jus a cerca de R$ 7 mil mensais. Seu antecessor, Enderson Moreira, embolsava aproximadamente R$ 180 mil por mês.
A estratégia de completar o salário do novo técnico de acordo com o desempenho do time não é apenas uma medida para evitar altos custos sem resultados garantidos. O mecanismo também permite que Fernandes volte a ser auxiliar sem um salário exorbitante, caso não emplaque na nova função.
Membros da diretoria já pensam até em Argel Fucks, do Figueirense, para o caso de Fernandes decepcionar. Se isso acontecer, os santistas não desejam que o atual treinador vá para outro clube. Preferem que volte a ser auxiliar. A direção quer um homem de confiança sempre de prontidão para assumir a equipe quando o técnico for demitido. De acordo com cartolas do clube, Fernandes já foi avisado sobre o plano e não se opõe a retomar o antigo cargo, se assim quiserem os dirigentes.
Com um interino de plantão na comissão técnica, diretoria pode até ter mais calma quando negociar com um novo treinador. Não precisa pagar o que não tem para resolver rapidamente o problema, pois o elenco estará em mãos confiáveis, na opinião dos cartolas.