Ontem, 8, a Polícia Civil do Estado de São Paulo, por intermédio das unidades especializadas DIG/DISE/CIP, da Delegacia Seccional de Polícia de Dracena, concluiu as investigações atinentes à 1ª fase da ‘Operação Dedo Podre’, apresentando à Justiça, o relatório final do inquérito policial onde, dentre outras providências, foi representado pela decretação da prisão preventiva dos acusados, a fim de que aguardem presos até o julgamento a ser realizado.

Na primeira etapa do trabalho foram constatados 131 condutores envolvidos na organização criminosa; ontem, 8, foi iniciada a 2ª fase da operação e segundo a Polícia foi possível catalogar por volta de outros dois mil condutores

O inquérito policial instaurado teve a finalidade de apurar a conduta dos quatro integrantes da associação criminosa que transferia ilicitamente para outros Estados, mediante o pagamento de propina e declaração falsa de endereço, CNHs de condutores de veículos com registro neste Estado de São Paulo, apenados administrativamente ou em vias de sê-lo, a fim de escapar da responsabilização administrativa.

Ainda, durante a tramitação do inquérito, além dos 107 condutores de veículos que já haviam sido constatados, foram identificadas outras 24 pessoas que também transferiram de maneira criminosa suas CNHs, totalizando nesta 1ª fase 131 condutores envolvidos.

Verificou-se transferências para os Estados do Mato Grosso do Sul/MS, Goiás/GO, Paraná/PR e Pará/PR.

Para cada um dos condutores de veículo será instaurado inquérito policial autônomo, visando a apuração de delitos de falsidade ideológica e corrupção ativa, sendo, ainda, representado pelo bloqueio e apreensão das CNHs obtidas de maneira ilícita.

A prisão temporária dos quatro acusados de integrar a associação criminosa, que venceria na segunda-feira (5/8), já havia sido prorrogada por mais 5 dias pela Justiça, a qual acatou representação das autoridades policiais.

DA 2ª FASE DA OPERAÇÃO DEDO PODRE

A Polícia Civil deflagrou ontem, a 2ª fase da operação. Com base nos documentos e objetos apreendidos, foi possível catalogar aproximadamente outros 2.000 condutores de veículos que figuraram em todo o conjunto probatório analisado.

Serão realizadas consultas junto aos sistemas informatizados dos órgãos de trânsito, a fim de apurar se adotaram os mesmos procedimentos ilícitos de transferências de CNHs e se utilizaram ou não os “serviços” da associação criminosa.

De igual, constatada a transferência para outro Estado, a fim de escapar da responsabilização administrativa, serão instaurados inquéritos policiais em desfavor desses condutores de veículos, a fim de apurar a conduta criminosa, e também terão apreendidas e bloqueadas, administrativamente, suas CNHs em razão da fraude/ilícito empregado. (Com informações da Delegacia Seccional de Polícia de Dracena)