Pressão e catimba. Além disso, muita tradição em campo. A dupla Boca-River, tradicionalíssima no futebol sul-americano, mete em medo em qualquer um que os encara em seus domínios quando o assunto é Taça Libertadores. E, na maioria das vezes, quem adentra ao gramado da Bombonera ou do Monumental de Nuñez sai de lá vitimado. Mas, há uma exceção. Há aquele que, em pelo menos uma oportunidade, conseguiu passar pelos gigantes clubes argentinos que, juntos, somam oito títulos do torneio continental. O nome dele? Cruzeiro Esporte Clube. 
Famoso carrasco do River, o Cruzeiro reforçou mais ainda a fama, chegando à 10ª vitória no histórico de confrontos com o time argentino. De quebra, ainda alcançou a marca de ser a única equipe a ter derrotado os maiores clubes hermanos, em solo portenho, em partidas pela Libertadores.
Dessa forma, o gol de Marquinhos, importante para dar vantagem ao time cruzeirense, no confronto pelas quartas de final da atual edição, também fez a Raposa alcançar a façanha importante e considerável, em se tratando de duas equipes com tradição de botar medo nos adversários.
A vitória sobre o Boca Juniors havia acontecido em 1994, ainda pela primeira fase da competição continental. Paulo Roberto e Roberto Gaúcho fizeram para a Raposa, enquanto Beto Acosta descontou para os Xeneizes.
Na história da Libertadores, o Boca Juniors foi derrotado, além do Cruzeiro, pelo Santos (1963), Alianza e Independiente (1966), Vélez Sarsfield (1994), Cruz Azul (2001), Paysandu (2003), Defensor (2009), Fluminense (2012), e Toluca e Nacional (2013) em seus domínios.
Já o River Plate foi derrotado por Universitario, do Peru (1967), Estudiantes (1970), San Lorenzo (1973), Flamengo (1982), Peñarol (1982), Argentinos Juniors (1986), Newell’s Old Boys (1993), Libertadores (2000), América do México (2002), Santos Laguna (2004) e o Caracas (2007).