Mais uma decepção na arena. O empate sem gols com o ASA, na última quarta-feira, 27, pela terceira fase da Copa do Brasil, reforçou o mau momento vivido pelo Palmeiras na temporada. Depois do apito final, torcedores se juntaram atrás do banco de reservas do Verdão e protestaram contra o técnico Oswaldo de Oliveira e o rendimento da equipe. Nos vestiários da arena, o treinador evitou polêmica e disse entender a manifestação dos palmeirenses.
“Acho que a torcida do Palmeiras foi até muito paciente, ela continua maravilhosa, aguardou até o fim. Eles tinham de se manifestar porque não o time não fez o gol e me escolheram. Tudo bem, sou o responsável. Aceito a responsabilidade. Tenho sentindo confiança da torcida no trabalho, hoje foi uma situação excepcional, e gratuitamente eu tinha que ser vaiado hoje’, citou o treinador, em entrevista coletiva.
Mais experiente jogador do elenco palmeirense, o lateral Zé Roberto disse que o treinador não pode assumir sozinho a responsabilidade. Ele defende que a culpa pelo mau momento deve ser dividida entre todos os jogadores.
“A pressão está muito em cima do Oswaldo. Mas ela precisa ser dividida. Infelizmente, os resultados não estão vindo e os gols não estão saindo. Precisamos de vitória para conquistar a confiança da torcida e a nossa de novo”, disse.
O goleiro Fernando Prass defende a mesma tese de Zé Roberto e acha que Oswaldo não pode carregar sozinho o peso da má fase.
“O treinador é o comandante, escolhe os jogadores, dá as condições e treina. Mas isso é até a página dois. Depois somos nós que precisamos dar a resposta. Não dá para ver uma culpa maior no treinador do que nos jogadores. Não sei o que se passa na cabeça do Oswaldo e dos dirigentes. Mas volto a dizer: a culpa não é do Oswaldo, muito longe disso.
Depois de somar apenas dois pontos em três rodadas do Brasileirão, o Palmeiras sentiu uma baixa importante contra o ASA: a torcida. Com direito a mais um protesto por causa do preço dos ingressos, os alviverdes registraram o menor público do novo estádio: 17.212.