Carlos Augusto de Barros e Silva foi eleito como novo presidente do São Paulo na noite de terça-feira, 27, em eleição realizada no salão nobre do Morumbi. Leco, como é conhecido o candidato, obteve 138 votos dentre os 193 conselheiros que se apresentaram para a votação no clube. No total, 240 poderiam ter colocado suas cédulas na urna. Derrotado, Newton Ferreira, o Newton do Chapéu, obteve apenas 36 votos do colegiado tricolor, enquanto 19 optaram pelo voto em branco.
Com o resultado, o mandatário vai ser uma espécie de “tampão” para completar o período destinado a Carlos Miguel Aidar no cargo, até abril de 2017. Eleito no ano passado, Aidar acabou renunciando no dia 13 de outubro ao posto após algumas denúncias de corrupção e má administração, que culminaram na saída de praticamente toda a diretoria que o apoiava.
Agora, o novo chefe tricolor tem a missão de pacificar a política do clube e tentar sanar as finanças, baqueadas devido a uma dívida que beira os R$ 300 milhões, além de resolver questões como as saídas dos ídolos Rogério Ceni e Luis Fabiano, já agendadas para o encerramento da temporada.
Aos 77 anos, Leco é uma figura política conhecida nos bastidores do São Paulo. Antes de assumir a chefia do Conselho Deliberativo, em abril de 2014, o dirigente passou por diversos cargos na diretoria do clube, entre os quais se destacam a direção de futebol e a vice-presidência. Ele era apontado como sucessor natural de Juvenal Juvêncio na presidência, mas acabou traído pelo ex-mandatário e teve sua candidatura preterida pela de Aidar.
Presidente interino desde a renúncia do antecessor, Leco tem trabalhado para reconstituir o departamento de futebol com dirigentes que haviam sido demitidos pela antiga gestão. Foram reconduzidos aos seus cargos nas últimas semanas o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, o gerente-executivo, Gustavo Vieira de Oliveira, e o CEO, Alexandre Bourgeois. Caso seja eleito, Leco deve optar pela manutenção dos três na formação inicial de sua gestão.