O dracenense Vanderson Scardovelli adora a sacada de sua casa. É de frente para o azul do Mar Mediterrâneo que ele costuma se sentar para tomar o café da manhã, refletir sobre a vida e apagar da mente todos os seus problemas.
Graças ao futebol, o lateral esquerdo vive hoje em um paraíso. Jogador do Platanias Chania, ele mora nas Ilhas Gregas e está cercado por algumas das praias mais bonitas do planeta.
Balos, Falasarna e Elafonissi, alguns dos destinos turísticos mais paradisíacos da Europa, estão entre os passeios cotidianos de Vanderson, sua mulher e os dois filhos na Grécia.
“Não perco um dia de folga em casa. Não tem jeito. Aqui é o paraíso, a cor do mar é impressionante. São os lugares mais bonitos que já vi na vida”, diz o ex-jogador do Paulista de Jundiaí.
Mas se você pensa que Vanderson só vai à praia nas folgas está muito enganado. Como o centro de treinamentos do Platanias Chania é à beira-mar, é possível dar uma escapadinha e tomar um banho de água salgada pós-treino.
“Quando acaba o treino, os jogadores vão para o mar. No verão, é bem normal dar essa esticada. Aqui é muito calor”, diverte-se.
Distante das grandes metrópoles, do trânsito caótico da região metropolitana de São Paulo, onde passou boa parte da sua vida, e do stress, Vanderson sente dentro de campo as vantagens de viver em um paraíso.
“Lógico que faz diferença no futebol. Aqui você passeia, vê coisas novas, isso ajuda a se sentir melhor. Se você está sempre olhando coisas maravilhosas, não tem como ficar mal e levar os problemas para o campo.”
Opinião parecida tem o goleiro Leonardo Navacchio. Formado nas categorias de base do São Paulo, ele está há apenas quatro meses no Portimonense. Tempo suficiente para se apaixonar pela parte mais bela do litoral de Portugal.
“Eu particularmente gosto muito de praia, então está sendo muito bom para mim. Você não tem a preocupação de sair um pouco atrasado de casa, pegar trânsito e se dar mal. Aqui, vou a pé para o treino. A paz e o sossego de uma cidade de praia, acredito, influenciam dentro de campo.”
Mas ao contrário de Vanderson, Leonardo ainda não transformou o banho de mar em uma atividade cotidiana. Os passeios ficaram restritos apenas aos dias de folga.
“Sempre que a gente tinha uma folguinha na pré-temporada, juntava uma galera e ia para praia. O problema é que a água aqui não é como no Brasil não, é um pouco gelada. Como eu estava acostumado ao Nordeste, estranhei.”
Agora que o verão europeu já passou, o goleiro nem se arrisca a encarar as praias, que viram apenas uma bonita paisagem. A cidade de Portimão, onde vive, também já sente os efeitos do fim da alta temporada.
“Quando chegamos aqui [em julho], a cidade estava lotada e a gente nem conseguia pedir taxi porque os taxistas não davam conta de tantos turistas. Agora, até os hotéis onde nós amigos estavam morando estão fechando. A cidade agora está meio que deserta.”
Quem também não tem motivos para reclamar de onde o futebol o levou é Diogo, ex-Santos e Palmeiras. Depois de vários anos vivendo na Grécia, o atacante hoje defende o Buriram United e mora na Tailândia.
“Eu só conhecia o aeroporto da Tailândia, mas agora está dando tempo de passear mais, conhecer algumas ilhas. Acredito que Krabi [província litorânea no país] seja o lugar mais bonito que já vi.”