Mais de 42 mil postos de saúde espalhados pelo país são capazes de atender 90% dos casos de coronavírus. Estudos indicam que a grande maioria dos casos de Covid-19 são mais leves e poderiam ser atendidos nesse nível de atenção. A população pode buscar os serviços quando apresentar os sintomas iniciais do vírus, como febre baixa, tosse, dor de garganta e coriza. Para isso, o Ministério da Saúde está reforçando ainda mais a capacidade assistencial da Atenção Primária durante a emergência do coronavírus.
Para o secretário executivo do Ministério da Saúde, os serviços na Atenção Primária estão preparados para enfrentar a epidemia de coronavírus. “A priorização da Atenção Primária pelo ministro Luiz Henrique Mandetta foi acertada e deixou o país mais forte para enfrentar a circulação do coronavírus no Brasil”, destacou João Gabbardo.
Uma das ações de reforço na Atenção Primária é a alteração de alguns critérios do Saúde na Hora para facilitar a adesão dos municípios ao programa que estende o horário de atendimento dos postos de saúde. Atualmente, cerca de 1.520 postos de saúde já participam do programa, em 238 municípios. Com a nova medida, a pasta pretende ampliar o horário de funcionamento em mais de 6,7 mil unidades (5,2 mil a mais) em cerca de 1,5 municípios, ampliando a cobertura de atendimento para mais de 40 milhões de pessoas. Para financiar a iniciativa, o Ministério da Saúde disponibilizou cerca de R$ 900 milhões que serão repassados aos municípios de acordo com a expansão da epidemia.
A secretária substituta de Atenção Primária à Saúde, Caroline Martins, reforçou que a pasta dará prioridade à homologação de municípios que já possuem casos confirmados de coronavírus, “Neste momento serão priorizadas as regiões em que identificamos uma possível expansão da epidemia, em que os casos de coronavírus apresentam maior circulação e podem aumentar significativamente”, explicou.
Agora, as unidades que contam com uma ou duas equipes de Saúde da Família (ESF) também poderão aderir ao programa. Antes, as unidades precisavam ter, no mínimo, três equipes para fazer parte e receber mais recursos federais. Também não será mais necessária a presença do gerente nessas unidades. A escolha ficará por conta do gestor local. Nessa modalidade, os municípios receberão R$ 15 mil/mês adicionais por posto de saúde, como incentivo do Ministério da Saúde.