Mesmo sem casos confirmados na região de Dracena, o avanço do coronavírus no Brasil causa preocupação em diversos setores da sociedade. O problema, que já motivou a suspensão de aulas em creches, escolas e universidades, também pode afetar o comércio local.
Ainda sem uma definição, mas demonstrando extrema preocupação, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Dracena, Sérgio Manoel, expôs suas preocupações. “A situação é muito difícil para os dois lados”, disse relatando a preocupação com os funcionários e empregados do comércio.
“Na questão das creches, existem pessoas que conseguem deixar seus filhos com parentes ou com alguém que cuide. Mas mesmo assim há pessoas que não têm esse privilégio”, disse Manoel.
Segundo Manoel, já estão em pauta possíveis medidas a serem tomadas. “Penso em uma possibilidade de horário especial, para que não prejudique os funcionários nem os empresários. É um momento muito delicado para todos. Talvez mudar a jornada de trabalho dos funcionários. Não queremos que cause prejuízo para os empresários também. É muito difícil”, afirmou.
De acordo com o presidente do Sindicato, reuniões nos próximos dias serão realizadas para ter a decisão mais acertada. “Irei procurar o prefeito. Também será discutido com a ACE (Associação Comercial e Empresarial de Dracena) uma saída para evitar o contágio”, comentou.
Sérgio Manoel também confirmou que o clube do Sindicato dos Comerciários será fechado. “Todas as atividades estão suspensas por período indeterminado”, finalizou.
Luis Scaliante, presidente da Associação Comercial de Dracena também conversou com a reportagem do Jornal Regional. Segundo ele, a ACE não tem poder de fechar estabelecimentos. “Esse poder de decreto parte do governo”, disse.
Além disso, a situação é complicada para empresários. “Vivemos em uma região com muitos microempresários. É preciso fluxo de caixa para podermos nos manter”, relatou.
Scaliante afirma que caberá a cada empresário remanejar os horários de seus empregados. “Será facultativo.
Quem puder vai antecipar férias, banco de horas, vai da decisão de cada um. Já tem empresas que estão possibilitando home office e dispensando funcionários em grupo de risco”, completou.
O presidente da ACE ainda ressalta: “Vamos observar os passos para tomar as melhores decisões”.