O comércio de delivery ganhou muita força durante o período de isolamento social. Em meio à pandemia do novo coronavírus muitos restaurantes passaram usar este serviço para sair da crise. Porém, alguns já trabalhavam exclusivamente com as entregas antes mesmo da pandemia.
É o exemplo de duas lanchonetes da região. Danilo Fernando Sobu Valero, proprietário de uma delas há dois anos contou como a pandemia mudou a rotina do seu restaurante de entregas. “A procura foi maior, porém parece estar todo mundo dormindo mais cedo. O que venho percebendo é que tenho muitos pedidos no mesmo período, um pouco mais cedo que o normal, então na verdade não aumentou muito”, disse Valero.
Segundo ele, por opção para manter a qualidade do produto, não consegue atender necessariamente toda a demanda. “Tudo é feito na hora, nada pronto, faz a diferença, daria para vender mais, mais optamos pela qualidade e ainda não pela quantidade”, disse ele.
Sobre já ter experiência no ramo, enquanto muitos restaurantes estão se adaptando as novas formas de venda, Valero diz: “Pelas consequências do momento acredito que saímos sim. Me preocupo com a situação dos outros comerciantes, porque nossa cidade depende muito de quem trabalha no comércio, até vejo meus concorrentes como meus clientes”, ressaltou.
Sobre o futuro, Valero ressalta que muita coisa irá mudar principalmente na questão higiênica. “Os planos para o futuro seguem os mesmos de antes. Atender com qualidade e oferecer um produto bom. Vejo que teremos que ter o máximo de higiene. Se cada um fizer sua parte, iremos sair logo deste momento”, finalizou.
Já Marcelo Possato é dono de outra lanchonete em Junqueirópolis. Também há dois anos no ramo, ele disse ter notado um aumento nas vendas. “Houve um aumento significativo nas vendas. Acredito que por ter sido mais divulgado o telefone antes da epidemia as pessoas já sabiam do nosso serviço, por isso quem já fazia só delivery saiu na frente”, disse ele.
Apesar de o momento parecer favorável para o aumento em suas vendas, Possato se mostra preocupado com a situação econômica pós-pandemia. “Se o povo não tiver dinheiro dificulta. É preocupante, pois todos que estão fechados têm funcionários. Como muitos estão parados não circula dinheiro. No momento está tendo retorno, mas pode acontecer de cair à renda do pessoal, consequentemente cai a venda de todos”, disse Possato.