As cerâmicas da região estão passando pela pandemia do novo coronavírus com certa tranquilidade, quem garante isso é o diretor do INCOESP (Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista) Milton Salzedas.
Apesar de algumas lojas de materiais de construção da cidade terem alegado dificuldade na produção, Salzedas garante que a produção não diminuiu durante a pandemia. “As empresas cerâmicas, graças ao governo federal, foram privilegiadas em não parar a linha de produção. Por conta disso, a produção continuou mesma coisa”, explicou o diretor do INCOESP.
Segundo ele, o atraso na entrega pode ter sido causado pelo fechamento de alguns depósitos de materiais de construção. “No início da pandemia, os depósitos de matérias de algumas cidades fecharam por causa do decreto do Governo Estadual. Acredito que por isso não conseguiam atender os mesmos”, conta Salzedas.
De acordo com ele, atualmente, graças à demanda, alguns produtos precisam ser encomendados com antecedência. “Hoje, a atual situação de venda dos produtos de cerâmica vermelha, blocos, lajes, telhas, entre outros é preciso fazer a encomenda e programar a entrega”, ressaltou Salzedas.
Sobre a baixa nas taxas de juros, que podem fomentar a construção civil, Salzedas diz que isso ajudará nas reformas necessárias nas indústrias. “Com a queda dos juros, com certeza vai nos ajudar a fazer investimentos e reformas nas nossas indústrias. Há mais de cinco anos que não conseguimos repassar os aumentos de combustíveis, peças de reposição. Isso dificulta as reformas que precisamos”, afirma Salzedas.
Além disso, o diretor afirma que o repasse do auxílio emergencial pode ter ajudado a fomentar o ramo. “Nós acreditamos que a parcela de R$ 600,00, que o governo federal está repassando e a liberação do FGTS pode interferir bastante”, concluiu Salzedas.