O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) retomadas recentemente “não devem repetir erros passados”. Há um ano e meio as negociações foram retomadas e estabeleceram três etapas de execução. Atualmente está na segunda que é a implementação do acordo. A última é a finalização das operações.
No discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, Santos disse que as negociações acabam com o “conflito mais longo” na região e que ele deve ser “cauteloso, sério e firme”. Há cerca de meio século os guerrilheiros atuam na Colômbia. Para Santos, as negociações em curso não põem em risco a segurança dos cidadãos. Segundo ele, não serão feitas concessões ao terrorismo e à criminalidade.
Pelas negociações, o governo e o comando das Farc se comprometem a cumprir sete pontos, como a reintegração dos guerrilheiros à vida civil, o desenvolvimento rural, as garantias de participação da oposição, o fim do conflito armado, o combate ao narcotráfico, a segurança aos direitos das vítimas e a realização de julgamentos dos envolvidos em assassinatos, sequestros e torturas.
No próximo dia 8, haverá uma reunião, em Oslo, na Noruega. Os noruegueses, chilenos, venezuelanos e colombianos fazem a mediação dos acordos entre o governo Santos e o comando das Farc. Em entrevista coletiva, concedida há dois dias, a presidenta Dilma Rousseff elogiou a iniciativa de Santos e demonstrou confiança nos resultados das negociações.
Detalhes do discurso de Santos estão disponíveis no site da Organização das Nações Unidas (ONU).