A África nunca terá visto nada igual. Em meio a tristeza inimaginável, a morte de Nelson Mandela será marcada pelos maiores eventos jamais organizados no continente, e que serão acompanhados pelo maior número de pessoas.

O presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse na noite de quinta-feira: “Nosso amado Madiba terá um funeral de Estado. Dei ordem para que todas as bandeiras da República da África do Sul sejam hasteadas a meio-pau e que continuem a meio-pau até depois do funeral.”

O funeral vai rivalizar com o do papa João Paulo 2º, em 2005, que teve a presença de cinco reis, seis rainhas e 70 presidentes e primeiros-ministros, além de 2 milhões de fiéis. O mais próximo disso que já se viu no Reino Unido talvez tenha sido o funeral de Estado dado a Winston Churchill em 1965.

A expectativa é que todos os presidentes americanos vivos compareçam, desde que sua saúde o permita, ao lado de dignitários estrangeiros que irão desde o príncipe Charles até o presidente zimbabuano, Robert Mugabe. Celebridades que se consideravam próximas de Mandela, como Oprah Winfrey, também deverão estar presentes.

Tudo isso assinala um pesadelo sem precedentes de planejamento e segurança para a África do Sul, no exato momento em que o país está mergulhado no luto pela figura vista como pai da nação. É provável que o país virtualmente pare por duas semanas enquanto a morte de Mandela for marcada de várias maneiras, algumas das quais espontâneas e imprevisíveis.

“Ele é o herói do planeta”, disse um diplomata estrangeiro de alto nível. “Será o maior funeral de Estado desde Winston Churchill, e acho que qualquer país teria dificuldade em organizar algo assim.”