Queda registrada foi de 16,18%; campanhas educativas e ação direta nas rodovias estão entre os fatores que motivaram a redução

Levantamento realizado pela ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo aponta que os acidentes causados por neblina nas rodovias paulistas concedidas e sob regulação da Agência tiveram uma redução de 16,18% nos primeiros oito meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os fatores que levaram à redução, estão campanhas educativas e preventivas voltadas para os usuários que foram realizadas pela ARTESP em parceria com as concessionárias. Já os acidentes provocados por fumaça se mantiveram estáveis e apresentaram a mesma quantidade do ano passado.

Com a chegada do inverno, são comuns o fenômeno da neblina e também as queimadas. A neblina ou nevoeiro ocorre por causa das baixas temperaturas e da elevação da umidade atmosférica, que provoca baixa visibilidade aos motoristas. Já as queimadas acontecem devido ao tempo muito seco, deixando florestas, matas e plantações suscetíveis a grandes incêndios, provocando fumaça excessiva. Tanto a neblina quanto a fumaça contribuem para que os motoristas que trafegam por rodovias se envolvam em acidentes por afetar a visibilidade.

Os acidentes causados por neblina, até agosto, geraram 57 ocorrências, enquanto no mesmo período do ano passado foram 68. No ano passado, foram registrados 40 acidentes no referido sistema. Tanto nos oito primeiros meses de 2020 quanto no mesmo período do ano passado, aconteceram sete acidentes por fumaça.

“A redução dos acidentes por neblina é resultado das ações operacionais e das campanhas de orientação e prevenção voltadas para os usuários, que são realizadas pela ARTESP em parceria com as concessionárias. Vamos continuar intensificando essas atividades para garantir a segurança daqueles que utilizam diariamente as rodovias paulistas”, explica Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.

Dentre as ações com as concessionárias estão: campanha de orientação com mensagens de alerta veiculadas nos painéis eletrônicos (PMVs) distribuídos pelas rodovias, instalação de faixas nos trechos de maior incidência, operações de redução de velocidade e sinalizações específicas, inclusive com uso de viaturas (operação visibilidade).

As concessionárias, em seus Centros de Controle Operacional (CCOs), acompanham de maneira remota as condições de tráfego nas rodovias, através dos recursos e equipamentos de monitoramento (câmeras, estações meteorológicas, inspeções de tráfego, entre outros) e, com isso, podem atuar rapidamente para mitigar os impactos dos fatores climáticos no tráfego.

Eventos com a presença de queimadas são potencialmente perigosos. Diante disso, as Concessionárias possuem veículos do tipo Caminhão Pipa para atendimento emergencial de combate a focos de incêndio na faixa de domínio. Não obstante, as concessionárias promovem ações e simulados periodicamente para treinamentos das equipes, bem como para atuação conjunta com os demais órgãos competentes (Bombeiros, Defesa Civil, Cetesb, SAMU, entre outros).

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

O SAI é um dos trechos mais afetados pela neblina. Sempre que o fenômeno é verificado e as condições de visibilidade ficam abaixo de 100 metros, é implantada a Operação Comboio, com o apoio do policiamento rodoviário e recursos operacionais da Concessionária Ecovias. A medida tem como objetivo fazer o represamento dos veículos (a jusante das praças de pedágio) para reduzir a velocidade e evitar acidentes. Os pontos de maior incidência de neblina estão nos trechos de serra da rodovia dos Imigrantes (São Bernardo do Campo, São Vicente e Cubatão) e da via Anchieta (São Bernardo do Campo e Cubatão) e na Interligação Planalto (São Bernardo do Campo), que liga ambas as rodovias, na altura do km 40.

 

 

O que fazer em caso de neblina?

Antes de pegar estrada, o motorista deve checar as condições do veículo, principalmente lanternas, faróis e palhetas do limpador de para-brisa. Redobre a atenção:

● A velocidade máxima permitida na rodovia é determinada para o tráfego em condições normais. Sob neblina, é recomendável trafegar com a velocidade reduzida;

● Não acione o pisca-alerta em situações de pouca visibilidade e tráfego lento. Ele só deve ser acionado com o veículo parado, preferencialmente em uma área segura;

● Mantenha distância segura do veículo à frente;

● Acenda os faróis baixos – tanto de dia quanto à noite. O farol alto, independente do horário, dificulta a visibilidade pela grande dispersão de luz emitida sob neblina;

● Use a pintura de faixa da pista como referência do caminho a seguir;

● Deixe a janela aberta, ainda que parcialmente, para ouvir eventuais sinais sonoros;

● Deixe o para-brisa limpo;

● Nunca pare na pista.

O que fazer em caso de fumaça?

Caso o motorista se depare com uma situação de queimada na rodovia, a recomendação é avisar imediatamente o Corpo de Bombeiros, ligando para o 193, e também para o número 0800 da concessionária responsável pela rodovia. Além disso, é importante adotar medidas de segurança, tais como:

● Fechar os vidros do veículo;

● Manter distância segura do veículo da frente;

● Trafegar com farol baixo aceso;

● Não ligar o pisca-alerta com o veículo em movimento;

● Não parar na faixa de rolamento.

Atendimento ao usuário

Em caso de necessidade de parada, seja pela neblina intensa, ou alguma emergência, as rodovias sob concessão da ARTESP contam com 85 Bases Operacionais e 112 Postos de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAUs), que operam 24 horas por dia, auxiliando em emergências médicas ou mecânicas, além de oferecer pontos de parada. Os atendimentos emergenciais gratuitos são executados pelas concessionárias e estão previstos nos editais de concessão.