O primeiro fim de semana após a retomada das atividades de bares e restaurantes no período noturno foi ainda de pouca movimentação.
Em conversa com a reportagem do Jornal Regional, Endil Paraguai, proprietário de um bar na cidade, disse que operou com apenas 35% da capacidade total do estabelecimento. “O primeiro fim de semana de retomada foi bem tranquilo, poucas esperas, mesas sempre ocupadas. Ainda é muito longe de antes da pandemia, hoje está em torno de 30% do público que atendíamos”, disse o empresário.
A permissão de funcionamento, estabelecido por decreto municipal, diz que os bares e restaurantes podem abrir até às 22h. Em relação ao horário, Paraguai disse que ainda não é o ideal. “Acredito que até meia-noite seria o ideal para este novo processo de retomada. Onde conseguiremos atender um número maior de clientes, sem gerar aglomeração” explicou.
Segundo ele, as operações foram adaptadas à nova rotina de funcionamento. “Estamos nos adaptando. Tentando abrir bem mais cedo do que antigamente, tanto para não diminuir a carga horária dos colaboradores, como para os clientes se acostumarem. Não estamos fazendo lista de espera como era feito antes, e nem vendendo bebidas no balcão, apenas para quem estiver sentado, justamente para não gerar aglomeração em frente ao estabelecimento”, ressaltou Paraguai.
Paraguai diz que uma medida foi tomada quanto às novas diretrizes da pandemia e como o público está encarando a retomada. “As pessoas estão receosas. Mas o que surpreende, são aqueles que chegam sem máscara, alegando que não sabiam que tinham que usar, essas pessoas estão sendo proibidas de entrar” concluiu Paraguai.
Já em outro estabelecimento de Dracena a movimentação foi alta. “Houve uma procura grande neste primeiro fim de semana de retomada. Posso dizer até que pareceu dias anteriores à pandemia. Todas as mesas que disponibilizei foram ocupadas e houve alguma espera para o lado de fora do salão”, disse Thiago Scarabelli, proprietário de um restaurante na cidade.
Scarabelli disse que não conseguiu encerrar os trabalhos às 22 horas. “Esse horário de encerramento é muito ruim. As pessoas começam a chegar no restaurante às 20h, então às 22h é o pico de fluxo no restaurante. Em média, a permanência no restaurante é de duas horas. Antes eu conseguia fazer a troca de clientes em uma mesa duas vezes por período, com esse horário eu consigo rodar apenas uma vez”, disse ele.
Segundo Scarabelli, este horário dificulta controlar as aglomerações. “Este horário estimula as pessoas se aglomerarem. Não vejo sentido, tinha que permitir um horário de atendimento maior para as pessoas não se aglomerem para o lado de fora do estabelecimento”, ressaltou Scarabelli.
O empresário e chefe de cozinha disse que não sentiu receio nas pessoas. “Foi orientado o uso de máscaras para entrar no restaurante. Mas não senti medo nas pessoas, tudo parecia dentro da normalidade de antes da pandemia”, concluiu Scarabelli.