om um planejamento bem diferente do habitual para tentar diminuir os efeitos da altitude de La Paz, a seleção brasileira iniciou no meio da tarde desta quarta-feira sua viagem à Bolívia. A delegação deixou a Granja Comary, em Teresópolis, às 15h35 rumo ao aeroporto do Galeão, no Rio, onde embarca em voo fretado para Santa Cruz de la Sierra às 17h30. O grupo ficará concentrado lá até o fim da manhã desta quinta, e chegará à capital boliviana apenas três horas antes da partida.
Segundo integrantes da comissão técnica da seleção, a logística visa diminuir os efeitos do chamado “Mal Agudo da Montanha”, sintomas que afetam quem não está acostumado a altitudes como a de La Paz, de 3.600 metros. Eles incluem náuseas, dores de cabeça, fraqueza muscular e até vômitos.
De acordo com os médicos e fisiologistas da seleção, esses efeitos costumam aparecer a partir de seis horas após o desembarque nas cidades muito altas. Por isso, o time chegará quase na hora da partida e voltará ao Brasil pouco depois do jogo – o confronto está marcado para às 16h locais (17h de Brasília), e o retorno para às 21h30 (22h30 no Brasil).
Para compromissos fora de casa pelas Eliminatórias da Copa, a seleção costuma chegar com dois dias de antecedência e sempre faz um treino de reconhecimento de gramado na véspera da partida. Desta vez, isso foi descartado.
Além da viagem em cima da hora, a comissão técnica da seleção também providenciou 11 cilindros de oxigênio. A ideia é que os titulares os utilizem por pelo menos cinco minutos no intervalo da partida. A alimentação dos jogadores também terá reforço de carboidratos.