Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô. O chamado time ideal do Corinthians perdeu, enfim, seu primeiro jogo no ano. Aconteceu no 1 a 0 para a Ponte Preta de domingo, no Moisés Lucarelli, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Até a derrota em Campinas, o 11 dos sonhos de Fábio Carille havia sido utilizado apenas em outras 12 ocasiões na temporada, com sete vitórias e cinco empates (aproveitamento de 72,2%).
Seria importante que, junto com a queda da invencibilidade do seleto grupo, caísse também essa espécie de mística criada em torno dele. Não porque, na teoria, não represente o que de melhor o Timão tem em seu elenco em 2017. Mas porque, na prática, o problema da equipe não está nos nomes, mas sim, no que o conjunto vem rendendo.
Mesmo ciente de que o Corinthians entrou em queda livre no returno – somou apenas 12 pontos de 36 possíveis –, Carille ainda parecia reticente em mexer. Estava sempre à espera da chance de reunir novamente seu conjunto perfeito. E é aí que mora uma contradição.
A escalação que abre este texto só participou de seis das 31 rodadas do Brasileirão, sendo quatro no primeiro turno, quando o Corinthians atingiu incríveis 82,5% de aproveitamento, e duas no segundo.
O 11 IDEAL DE CARILLE NO BRASILEIRÃO
ADVERSÁRIO | RESULTADO |
Chapecoense | 1 x 1 |
Bahia | 3 x 0 |
Palmeiras | 2 x 0 |
Avaí | 0 x 0 |
São Paulo | 1 x 1 |
Ponte Preta | 0 x 1 |
Como nenhum dos titulares pendurados com dois cartões amarelos – Cássio, Pablo, Balbuena, Gabriel, Rodriguinho, Jadson e Jô – foi advertido em Campinas, Carille terá duas opções para o clássico diante do Palmeiras, domingo que vem, em Itaquera:
- repetir a escalação e apostar novamente no seu 11 predileto;
- abrir mão dessa falsa segurança e mexer no time.
A alteração mais óbvia no momento é a entrada de Clayson. O atacante foi utilizado pelo técnico nos últimos sete jogos. Marcou quatro gols e se tornou, ao lado de Jô, o maior goleador da equipe no returno. A dupla, aliás, foi a única a marcar em 12 partidas.
Contra a Macaca, Carille abriu mão do tradicional 4-2-3-1 com o qual jogou a maior parte da temporada, sacou do time um volante, Gabriel, e reorganizou a equipe no 4-1-4-1.
Ainda assim, o treinador não cravou a presença do camisa 25 entre os titulares no Dérbi, apesar de admitir que ele mereça lugar na equipe.
– Está merecendo, mas a gente tem uma estratégia. Quem decide o jogo são 14 jogadores, os 11 que iniciam e os três que entram em campo.
Não há mais desculpa para não mexer no líder, que pode ver o Palmeiras ficar a três pontos de distância se vencer o Cruzeiro nesta noite, na arena.