A partir de hoje a estação vigente é o inverno. Dividindo opiniões, o inverno traz a queda das temperaturas e o clima seco. Esse cenário favorece a circulação de vírus respiratórios que provocam diferentes tipos de infecções respiratórias. Associado afrouxamento de medidas preventivas, como o distanciamento social, o inverno pode oferecer um risco maior de que o indivíduo tenha gripe e COVID-19 ao mesmo tempo – chamada de coinfecção. A perspectiva é preocupante pois um estudo publicado na revista Nature indica que a aquisição da gripe H1N1, oferece mais chances para o contágio com o coronavírus e para o desenvolvimento da COVID-19 grave.
“Em 2020 houve o receio de que surgissem muitos casos de coinfecção, de pessoas com gripe de COVID-19 ao mesmo tempo. Acontece que naquela época, o medo da COVID-19 fazia com que as pessoas ainda seguissem protocolos rígidos de cuidado e por isso, esses casos foram bem pontuais”, explica Maura Salaroli, infectologista do Hospital Sírio-Libanês. “Esse ano, a situação pode ser diferente. Além das pessoas estarem deixando a prevenção de lado, novas cepas, cada vez mais infecciosas, chegam ao Brasil, enquanto a adesão a vacinação da gripe está bem abaixo do esperado. Considerando tudo isso, há chances de que os casos de coinfecção se tornam mais frequentes”.
Considerando a retomada das aulas presenciais e a inclusão de crianças e idosos nos grupos de risco para a gripe H1N1 e a COVID-19, respectivamente – sendo os mais velhos inclusos nos grupos de risco de ambas as doenças, fica o apelo: se for dos grupos de risco, vacine-se contra a gripe e a COVID-19., Mantenha as medidas de prevenção com distanciamento social, uso de máscara e reforço da higiene das mãos.