O Ministério de Minas e Energia confirmou que 18 estados foram afetados pelo apagão que atingiu o País entre a noite de terça-feira e a madrugada de ontem.
De acordo com lista divulgada na tarde de ontem, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico os Estados atingidos foram São Paulo; Mato Grosso do Sul; Rio de Janeiro e Espírito Santo, e parcialmente os estados de Minas Gerais; Mato Grosso; Goiás; Rio Grande do Sul; Santa Catarina; Paraná; Acre; Rondônia; Bahia; Sergipe; Paraíba; Alagoas; Pernambuco e Rio Grande do Norte. Apesar de não entrar na lista oficial, o Distrito Federal também relatou falta de energia.
As causas do apagão ainda são controversas. O Governo fala em fatores climáticos que teriam afetado linhas de transmissão. Ontem pela manhã, o Ministério de Minas e Energia, afirmou que o desligamento de três linhas de transmissão foi a causa do problema – duas delas ligam Ivaiporã, no centro do Paraná, a Itaberá, em São Paulo. A terceira liga Itaberá à subestação de Tijuco Preto, também em São Paulo.
O ministro Edison Lobão conversou ontem pela manhã, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por telefone, sobre o assunto. E convocou uma reunião extraordinária do comitê de monitoramento do sistema elétrico para ontem.
O ministério descartou qualquer semelhança entre o problema e o apagão de 2001. Em 2001, o que ocorreu foi falta de energia. Agora, segundo o Governo, não há falta de energia, apenas um problema elétrico que levou a essa perturbação.
A usina hidrelétrica Itaipu Binacional informou na manhã de ontem, que voltou a operar em “condições de normalidade”, a partir das 6 horas. No início da tarde de ontem, o fornecimento de energia estava normal na maior parte do País, mas ainda havia rescaldos do apagão que deixou grande parte do País às escuras por volta das 22h de terça-feira.
Os estados mais atingidos foram os da região Sudeste, principalmente o Rio de Janeiro e São Paulo. O Paraguai, que faz fronteira com o Brasil, igualmente teve problemas de abastecimento. A falta de energia causou prejuízos para as empresas estatais que administram o saneamento básico no Sudeste. Com as máquinas sendo ligadas e desligadas, as alterações na circulação de água produziram mudanças bruscas de pressão e ressecamentos nos mecanismos, obrigando os técnicos das companhias a enfrentar turnos inesperados de reparo dos danos e manutenção das tubulações. No total, cerca de 8,5 milhões de habitantes dessa região foram afetados.
NOVA ALTA PAULISTA – Na região de Dracena, a empresa que distribui energia é a Elektro. Dracena e municípios da Nova Alta Paulista, atendidos pela empresa fazem parte da regional de Andradina. Segundo Luiz Fausto Rodrigues, consultor institucional da Elektro que atua na região, as cidades da regional de Andradina que foram atingidas pela falta de energia estão situadas na região mais ao Norte do Estado.
Segundo Fausto, Dracena; Flora Rica; Flórida Paulista; Irapuru; Junqueirópolis; Monte Castelo; Nova Guataporanga; Ouro Verde; Pacaembu; Panorama; Paulicéia; Santa Mercedes; São João do Pau D’Alho e Tupi Paulista não passaram pelo problema, apenas tiveram algumas oscilações na transmissão de energia. O consultor afirmou que o fato da região estar em um circuito diferente das demais cidades da região atendidas pela empresa foi o que fez com que o blecaute não fosse sentido nas cidades da região de Dracena.
Luiz Fausto afirmou que no final da manhã todas as cidades da área de atuação da regional de Andradina da empresa já estavam trabalhando normalmente.
Em nota divulgada ontem, o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Carlos Reis, afirmou que o problema é grave e que precisa ser apurado. Segundo o presidente, uma queda de energia dessa amplitude, que abala grande parte do sistema elétrico nacional, especialmente quando os reservatórios das hidrelétricas estão cheios, não acontece por um motivo qualquer, é uma falha seríssima que precisa ser averiguada rapidamente, em uma apuração realizada de forma técnica e com responsabilidade.