LETÍCIA PINHEIRO
DA REDAÇÃO
Com mais de 30 anos noticiando os fatos de Dracena e região, o Jornal Regional tem um vasto arquivo com as edições encadernadas dos exemplares. A cada consulta é possível voltar ao passado, saber o que foi notícia, ver a evolução das empresas, publicidades, os destaques do colunismo social, as informações nos classificados, as fotografias dos bairros da cidade, instituições públicas e privadas e pessoas que ocupavam cargos e posições com mais visibilidade na sociedade da época.
A ideia de compartilhar um pouco do acervo, que pode ser considerado um patrimônio do município, tem sido muito apreciada por leitores do JR que relembram momentos de suas vidas e também pelos jovens leitores, que tem a oportunidade de conhecer mais sobre a Cidade Milagre.
Na coluna desta sexta-feira, vamos apresentar a edição n° 386 de 10 de dezembro de 1991, que custava 300 cruzeiros (edição avulsa), e a Redação e a Oficina do JR estavam instaladas na Rua Virgilio Pagnozzi, 204.
A manchete – principal notícia da edição daquele dia – era: “Empresário dracenense sequestrado”, relatava o caso de um empresário que ficou várias horas em poder de homens que roubaram sua D-20, durante a noite na Praça Arthur Pagnozzi. Fato que chama atenção até nos dias atuais e, certamente deve ter chamado muita atenção na época. A história teve um desfecho positivo tendo em vista que o homem conseguiu escapar.
Na mesma edição, os leitores eram informados sobre o fechamento do comércio local como forma de protesto em razão da política recessiva do governo federal, como podemos ler em: “Comércio protesta e fecha as portas”.
A Santa Casa local enfrentava problemas financeiros pela falta de pagamento pelos atendimentos prestados, como pode ser lido em “INAMPS não paga Santa Casa”.
Além do setor econômico, a área jurídica estava em evidência na capa por conta das reuniões do tribunal do Júri e da comemoração do Dia da Justiça.
Ainda tratando sobre as comemorações do aniversário da cidade em 8 de dezembro daquele ano, temos a notícia com fotografia da inauguração da lavanderia municipal, instalada ao lado do albergue municipal, na Rua Marília Afonso, na época.
Outra fotografia complementando matéria dizia respeito ao distrito de Jaciporã, que estava recebendo pavimentação asfáltica, após solicitações de moradores por vários anos.
Na esfera política, Dracena aguardava a visita do então secretário de Agricultura e Abastecimento, o deputado José Antonio Barros Munhoz para receber o título de cidadania.
Ainda falando em política, em Panorama, a volta do ex-prefeito de Panorama, Luis Carlos Henrique da Cunha ao PMDB chamava a atenção e rendia nota.
No fim da edição, vemos um “Esclarecimento”, o jornal explicava sobre a correta autoria do crédito da fotografia da capa utilizada na edição anterior, o que mostra que este veículo sempre primou pela apuração dos fatos, checagem das informações e corretas autorias dos profissionais que produziam os textos e as fotografias.
Além disso, na “boa, velha e correta” prática do jornalismo temos espaços para as Erratas, ou seja, as correções pontuais de nossos erros e para o “Direito de Resposta”, quando alguma pessoa ou instituição citada em alguma matéria solicita espaço para apresentar sua versão sobre determinado evento.
Essas são práticas conhecidas pelos profissionais que ainda prezam pela qualidade do trabalho desenvolvido, tantas vezes desvalorizado em épocas de “CTRL+ C e CTRL+V” e de agilidade sem a responsabilidade de checagem, mas que são fundamentais na profissão.
10 Dezembro