Tamanduá-bandeira atropelado é resgatado pela Polícia Ambiental

Cedida Polícia Ambiental
O tamanduá-bandeira está ameaçado de extinção

DA REDAÇÃO

A equipe da Polícia Ambiental realizou a captura de um animal silvestre da espécie tamanduá-bandeira adulto com sinais de atropelamento que estava caído às margens da Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo (SP 563), nas proximidades do Parque Estadual do Rio do Peixe, em Dracena, na terça-feira, 27.

Após realização dos procedimentos de avaliação do estado de saúde do animal, a equipe providenciou através de técnicas de contenção a remoção até o Hospital Veterinário da Cidade da Criança, em Presidente Prudente, onde permaneceu aos cuidados de profissionais capacitados. Assim que estiver em condições será reintroduzido em seu habitat natural.

De acordo com informações da Polícia Ambiental, o tamanduá-bandeira pode atingir 2,4 metros de comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda. Possui pelagem marrom-acinzentada, as patas dianteiras são brancas, seu peito e dorso são marcados por listras pretas e sua cauda é volumosa. Os tamanduás-bandeira podem ser encontrados em toda a América do Sul e Central, embora sua população tenha diminuído consideravelmente na América Central.

Para prosperarem, eles precisam se movimentar por grandes áreas com florestas. Eles geralmente são encontrados em florestas tropicais e secas, savanas e pastagens abertas, onde há abundância de formigas, que são fundamentais para sua alimentação. Usa suas garras afiadas para fazer uma abertura no formigueiro e colocar seu longo focinho, sua saliva pegajosa e sua língua eficiente para trabalhar. Mas ele precisa comer rapidamente, movimentando sua língua até 150 vezes por minuto. As formigas revidam com picadas dolorosas, então o tamanduá pode passar apenas um minuto se alimentando em cada formigueiro. Tamanduás-bandeira nunca destroem o formigueiro, preferindo retornar e se alimentar novamente no futuro.

Esses animais não contam com a visão — que é fraca — para encontrar sua fonte de alimento, mas sim com o olfato, que é 40 vezes mais poderoso que o dos humanos. São geralmente animais solitários e as fêmeas têm um único filhote uma vez ao ano, que às vezes pode ser visto agarrado nas costas de sua mãe. Os filhotes deixam a mãe depois de dois anos, quando são considerados totalmente adultos.

Ainda segundo informações da Polícia Ambiental, conforme o Decreto nº 63.853/18 em seu Anexo I, o tamanduá-bandeira está ameaçado de extinção na situação de vulnerável, ou seja, espécie que apresenta alto risco de extinção a médio prazo.