Última fase da Operação Dedo Podre prende dois condenados por esquema de fraudes em CNHs

Última fase da Operação Dedo Podre prende dois condenados por esquema de fraudes em CNHs

Dois homens, de 45 e 50 anos, foram presos, nesta quinta-feira (23), respectivamente, nas cidades de Dracena (SP) e Selvíria (MS), durante a terceira e última fase da Operação Dedo Podre.

Conforme a Polícia Civil, além de envolver os dois municípios, os trabalhos também ocorreram em Ilha Solteira (SP) para o cumprimento de mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Dracena. No entanto, o terceiro envolvido, de 61 anos, morador de Ilha Solteira, não foi localizado e já é considerado foragido da Justiça.

Operação

 

A operação teve início em agosto de 2019 com o objetivo de investigar crimes relacionados à transferência ilícita de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) do Estado de São Paulo, principalmente, para Mato Grosso do Sul e outras unidades da federação, por meio da inclusão de dados de endereços falsos dos motoristas.

Durante as investigações, os policiais identificaram três núcleos de atuação em Dracena, Ilha Solteira e Selvíria, “responsáveis por recrutar condutores infratores que pagavam propina e cometiam fraudes para obter outra CNH, evitando sanções administrativas e criminais” da legislação de trânsito.

Ao longo da Operação Dedo Podre, que teve outras duas fases em 2019 e 2022, os policiais identificaram mais de 350 condutores que utilizaram os “serviços dos investigados para a transferência ilícita da CNH, o que resultou na abertura de mais de três centenas de inquéritos policiais, culminando em indiciamentos e condenações judiciais”.

Após a conclusão do inquérito policial, com o encaminhamento das provas técnicas e documentais ao Poder Judiciário, os três acusados foram condenados por sentença definitiva.

De acordo com a Polícia Civil, as condenações incluem crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa e inserção de dados falsos em sistemas públicos, que totalizam 105 infrações, com penas que variam de oito a nove anos e quatro meses de prisão, em regime inicial fechado.

A decisão transitou em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), não cabendo mais nenhum recurso.

Ainda conforme a Polícia Civil, os homens passarão por audiência de custódia para posterior encaminhamento ao sistema prisional para cumprimento da pena imposta.

O terceiro envolvido, de 61 anos, não foi encontrado em Ilha Solteira e já é considerado foragido da Justiça.