Ameaçado de extinção, lobo-guará é resgatado após atropelamento em rodovia, em Teodoro Sampaio

Ameaçado de extinção, lobo-guará é resgatado após atropelamento em rodovia, em Teodoro Sampaio

Um lobo-guará adulto foi vítima de atropelamento na noite desta quarta-feira (4), no km 15 da Rodovia Vicinal Avelino Francisco de Bastos (SPV-031), que faz a ligação entre Teodoro Sampaio (SP) e o distrito de Planalto do Sul. A espécie é considerada vulnerável e está ameaçada de extinção.

O animal foi socorrido por testemunhas na via e encaminhado à base da Polícia Militar Ambiental, em Teodoro Sampaio, para receber atendimento.

No entanto, os policiais identificaram a necessidade de encaminhamento do lobo-guará à Associação de Proteção dos Animais Silvestres (Apass), em Assis (SP), o que foi feito na manhã desta quinta-feira (5).

Segundo a polícia, assim que estiver recuperado e em condições, o animal será devolvido à natureza.

Espécie ameaçada de extinção

 

O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo da América do Sul. Um animal adulto chega a medir 1,30 metro de corpo, além de 40 centímetros de cauda, podendo atingir um metro de altura e mais de 20 quilos. É da família dos canídeos e pertence a um gênero composto por uma única espécie.

Seus parentes distantes do gênero Canis, como o lobo-cinzento e lobo-vermelho, só existem nas Américas, do México para o Norte, e em partes da Europa e da Ásia.

Apesar do porte e da aparência, é animal inofensivo ao homem, de comportamento dócil, e raramente há briga entre eles. Vive em campos abertos, no caso do Brasil, no Cerrado, nos Campos Sulinos, na Caatinga e na borda do Pantanal. Também pode ser encontrado na Argentina, no Paraguai, na Bolívia e numa pequena parte dos territórios do Uruguai e do Peru.

O lobo-guará é onívoro, alimenta-se principalmente de roedores, pequenos répteis, caules doces, mel, aves e frutos. A gestação dura em torno de 62 a 66 dias, com ninhadas de até seis filhotes.

A espécie é considerada vulnerável e está ameaçada de extinção.

No passado, acreditava-se que a diminuição da população do lobo-guará no Brasil era decorrente da perda de hábitat. Mas, em 2005, o resultado de um encontro de pesquisadores revelou que o preconceito, o desconhecimento e a superstição superam a ameaça da diminuição do território.

O lobo-guará ainda é caçado para a retirada dos olhos como amuleto e por donos de propriedades rurais, com o argumento de evitar o ataque a aves e pequenos animais.