Na tarde de ontem, ceramistas de Paulicéia interditaram com caminhões carregados de argila, parte da rodovia BR-158 em ato de repúdio à obra de retorno embaixo da cabeceira da ponte (SP-MS). O trânsito de veículos para entrada e saída em ambos os estados ficou paralisado durante uma hora. A Polícia Militar esteve no local.

Segundo o ceramista Luiz Vitti Filho, a classe exige do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) que seja mantida a antiga rotatória que interliga a área rural com a urbana. “Sem esta rotatória, os caminhões terão que obrigatoriamente descer pela lateral do Rio Paraná fazendo a curva sob a ponte, retornando para a rodovia para depois seguir pela vicinal sentido a Paulicéia”, afirmou Filho.

O ceramista também lembrou do risco de acidentes para os caminhoneiros neste trecho de descida, pois os caminhões chegam a pesar até 50 toneladas. O retorno com curva acentuada fica a 50 metros da margem do rio.

A construtora Sanches Tripoloni, empreiteira da obra, afirmou ter entrado em contato com a Superintendência do DNIT em São Paulo para dar detalhes da manifestação na cabeceira da ponte (SP-MS). Em resposta, segunda a empreiteira, o órgão vinculado ao Ministério dos Transportes se comprometeu em marcar para esta semana uma reunião com os manifestantes. Caso não resolva o impasse, os manifestantes disseram que interditarão novamente a passagem de veículos pela rodovia.