Encontro promovido na Incoesp (Cooperativa de Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista) entre o superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM-SP), Ricardo de Oliveira Moraes e ceramistas, teve como principal tema, a liberação da argila – matéria-prima essencial para a produção de tijolos e telhas. 

De acordo com a presidente da Cooperativa, Sebastiana Merejolli Corte, no encontro com o superintendente, foi discutida a celeridade dos requerimentos em andamento, para disponibilizar argila aos ceramistas.  O setor já classificou este primeiro semestre como ‘ruim’, ocasionado pela baixa oferta de material no mercado, afirmou a direção da Incoesp.   

Quanto à alta da matéria-prima, a presidente atribuiu este período, a existência de uma única mineradora em funcionamento e ao esgotamento dos morros de argila armazenados pela Cesp (Companhia Energética de São Paulo). “O produto [argila] sobe porque está na mão de poucas pessoas”, afirma. Em relação à venda do tijolo, ela disse que o ceramista trabalha atualmente praticamente sem margem de lucro. “As cerâmicas trabalham no limite, ficando difícil sobreviver com tantas obrigações, como impostos e registro de funcionários”, acrescentou Sebastiana afirmando que se essa fase persistir, empresas do ramo ceramista poderão fechar as portas, causando desempregos na cidade e região.   

Sobre a reividincação dos empresários, Ricardo de Oliveira Moraes, superintendente do DNPM-SP, afirma que levará desse encontro a certeza do empenho em conjunto do segmento que apresentou suas necessidades. “Temos situações diversas. Algumas coisas são fáceis de fazer e outras são relativamente mais complicadas ou impossíveis”, disse. 

Se os ceramistas estão enfrentando uma crise, ele comentou: “Estamos aqui para resolver os problemas, claro, não é fácil, mas São Paulo é o terceiro maior produtor mineral”.