Cerca de 500 funcionários da Caiuá poderão entrar em greve na próxima semana. A classe já se manifestou com uma paralisação na manhã desta quarta-feira (25), nas cidades de Adamantina, Osvaldo Cruz, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Presidente Epitácio e Santo Anastácio. Se houver adesão a greve, a Caiuá do município de Martinópolis também paralisará suas atividades. 

O objetivo é chamar a atenção da empresa para as reivindicações da classe referente ao PPR – Programa de Participação no Resultado. Os funcionários exigem que seja assinado um compromisso entre os dois lados, para que eles recebam o PPR no valor de R$ 3.700,00 para cada funcionário, sendo metade desse valor pago no dia 30 de outubro e o restante no dia 30 de abril de 2014.
Segundo o SindPrudente, foi marcada uma mesa de negociações para esta segunda-feira (30), com o objetivo de firmar acordo entre as partes. “Se não houver acordo, os funcionários da empresa entraram em greve”, afirma o presidente Edmar da Silva Feliciano. A paralisação engloba 500 trabalhadores da Caiuá.O sindicato vai manter um quadro de 30% dos funcionários em atividade, durante os períodos de paralisação, em Prudente e na região.
De acordo com Feliciano, a negociação acontecerá com toda a RedeSul/Sudeste, que engloba as empresas Caiuá, Vale Paranapanema (região de Assis), a Nacional (região de Catanduva), e Bragantina (região de Bragança Paulista e mais quatro cidades do sul de Minas). Todas elas brigam pelo mesmo direito.
Desde agosto de 2012, a Caiuá está sob intervenção administrativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No mês passado, a Aneel decidiu prorrogar por mais dois anos o período de intervenção na empresa. “A Caiuá passa por um período complicado e os funcionários precisam de uma garantia de que o pagamento do PPR acontecerá.”, esclarece Feliciano.
Além da Caiuá, mais três sindicatos deverão participar da rodada de negociações na próxima segunda-feira, o Sindicato de São Paulo, Campinas e Paraná.