O servidor público municipal, Carlos Pereira Cardoso, decidiu reivindicar contra o Posto de Saúde de Adamantina nos meios de comunicação do município, após ter o pedido de entrega de medicações negado.
O funcionário público relatou que sua esposa, Maria do Carmo, sofre com problemas de alergia crônica e, na última semana, passou por uma complicação, momento em que o casal procurou o Posto de Saúde para agendar uma consulta médica especializada. Segundo Carlos, não havia médico para atender sua esposa na unidade e para agendar uma consulta demoraria mais de 15 dias. “Nós precisávamos de médico naquela hora, não dava pra esperar 15 dias, infelizmente não tinha ninguém pra atender, então procurei um médico particular para fazer o atendimento”. Segundo o servidor, entre consulta e exames como a biópsia, foram gastos R$ 450. Para tratar da alergia, o médico receitou diversos remédios antialérgicos.
Na quinta-feira passada (10), Carlos procurou novamente o Posto de Saúde, desta vez, para obter o medicamento através do SUS (Sistema Único de Saúde). Entretanto, o pedido foi negado. “Eles disseram que não tinham os medicamentos para pronta entrega e que a previsão de chegada do remédio era de 10 a 15 dias”, explica ele. O servidor relatou, ainda, que se revoltou com a resposta. “Minha esposa tem sérios problemas alérgicos, ela está inchada, toda vermelha. É um absurdo esperar tudo isso para ter um remédio e começar o tratamento”, desabafa.
OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com a assistente social do Posto de Saúde, Vanessa, que foi quem atendeu o caso. Ela explica que quando o medicamento solicitado não faz parte dos remédios do SUS, a unidade de saúde encaminha um pedido para a secretaria de Saúde adquirir o remédio através da Prefeitura. “Nós não negamos medicamento a ele, só não tínhamos como entregar o medicamente prontamente. Nós o orientamos a realizar um cadastro e assim encaminharíamos um pedido de compra de remédio em caráter de emergência para a Secretaria, mas ele se negou a fazer o procedimento necessário para aquisição dos remédios. Ele nem tentou”, disse a assistente social.
A Promotoria de Justiça de Adamantina não quis comentar o caso.