Há poucos dias atrás, o servidor público municipal, Carlos Pereira Cardoso, decidiu reivindicar contra o Posto de Saúde de Adamantina, nos meios de comunicação, após ter um pedido de entrega de medicações prontamente, negado. O funcionário público alega que sua esposa, Maria do Carmo, sofre com problemas de alergia crônica e, na última semana, passou por uma complicação. Foi quando o casal procurou o Posto de Saúde para agendar uma consulta médica especializada. Segundo Carlos, não havia médico para atender sua esposa na unidade e para agendar uma consulta demoraria mais de 15 dias. “Nós precisávamos de médico naquela hora, não dava pra esperar 15 dias, infelizmente não tinha ninguém pra atender, então procurei um médico particular para fazer o atendimento”. Segundo o servidor, entre consulta e exames, como a Biópsia, foram gastos R$450. Para tratar da alergia, o médico receitou diversos remédios antialérgicos.
O funcionário público relata, ainda, que no dia 10 de outubro, procurou novamente o Posto de Saúde, desta vez para obtenção do medicamento através do SUS, porém, o pedido foi negado. “Eles disseram que não tinham os medicamentos para pronta entrega e que a previsão de chegada do remédio era de 10 a 15 dias”, explica ele. O servidor relatou, ainda, que se revoltou com a resposta: “Minha esposa tem sérios problemas alérgicos, ela está inchada, toda vermelha. É um absurdo esperar tudo isso para ter um remédio e começar o tratamento”, desabafa.
Na manhã da última quinta-feira (17), a funcionária da Secretaria de Saúde, Rose Mantovani, se pronunciou sobre o caso em nome do secretário de Saúde, Jorge Yochinobu Chihara. Ela esclareceu que, nestes casos, o Posto de Saúde adquire os medicamentos através de distribuidora de remédios, e não em farmácias convencionais. “Devido ao custo em adquirir medicamentos nas farmácias, nós compramos por meio de distribuidora. Por isso, é necessário que a pessoa aguarde alguns dias até chegar o remédio. Em casos mais urgentes, nós encaminhamos pedido ao secretário de Saúde para compra emergencial ou então realizamos a internação do paciente”, finaliza.
Ainda de acordo com Rose Mantovani, há profissionais especializados no Posto de Saúde – que neste caso seria um dermatologista, e as consultas devem ser previamente agendadas.
A assistente social do Posto de Saúde, Vanessa, que foi quem atendeu o caso, explicou que o medicamento solicitado não faz parte dos remédios do SUS (Sistema Único de Saúde) e por isso deveria ser feito o pedido. “Nós não negamos medicamento a ele, só não tínhamos como entregar o medicamente prontamente. Nós o orientamos a realizar um cadastro e assim encaminharíamos um pedido de compra de remédio em caráter de emergência para a Secretaria, mas ele se negou a fazer o procedimento necessário para aquisição dos remédios. Ele nem tentou”, disse a assistente social.