Pela segunda vez no ano, o município de Mariápolis autorizou a vinda da “Feirinha da Madrugada” ou “Feirinha do Braz”, como é popularmente conhecida no município. Os produtos que são comercializados por preços baixos atraem os consumidores de toda região. Entretanto, os feirantes que chegaram a Mariápolis na sexta-feira, 13, não puderam abrir a banca para venda dos produtos no sábado, 14, após uma ação conjunta do Sincomércio (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Adamantina e Região) e ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Adamantina impedir o funcionamento da feira no município.
De acordo com o presidente do SinComércio, Sergio Vanderlei, o setor jurídico dos dois orgãos oficializou o Procon, Ministério Público, Polícia Civil, Receita Federal, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo para que cada um destes órgãos fizesse as respectivas fiscalizações.
Na sexta-feira, primeiro dia da feira, o alvará do Corpo de Bombeiros, só foi liberado à noite. No dia seguinte, os vendedores foram notificados que não poderiam continuar as vendas na cidade. O motivo foi que a Polícia Militar havia detectado irregularidades quanto ao local de funcionamento. Com isso o SinComércio e ACE conseguiram na Justiça uma liminar favorável ao cancelamento da Feira.
Diante da decisão da Justiça, os feirantes foram obrigados a fechar as bancas, mas continuaram no município. No domingo, 15, eles reabriram as barracas.
O chefe de gabinete da prefeitura de Mariápolis, Valdir Dantas de Figueiredo, afirmou que a Prefeitura procedeu de acordo com as exigências para a estadia da feira no município, com a obtenção do alvará do Corpo de Bombeiros. De acordo com ele, a feirinha é bem vinda. “Favorece a maioria, como quem tem menor poder aquisitivo para compras, já que o preço das mercadorias da feira é baixo e isso é o que importa para gente, favorecer a maioria da população”, afirma. Figueiredo conta ainda, que os feirantes ficaram “frustrados” com o prejuízo obtido. “Eles vieram para trabalhar, mas não tiveram condições e sim prejuízos, talvez não queiram mais voltar a Mariápolis, eles ficaram frustrados com o ocorrido”, finaliza.
Para evitar que o episódio se repita, o chefe de gabinete revelou que o prefeito de Mariápolis, Ismael Calori, pretende destinar um espaço apropriado para o funcionamento da feira e de outros eventos para o próximo ano.